Aproximação ao Apocalipse (10) VISÃO DE CRISTO GLORIFICADO

 Aproximação ao Apocalipse (10)


VISÃO DE CRISTO GLORIFICADO



“12 E voltei-me para ver a voz que falava comigo; e voltado, vi sete candeeiros de ouro, 13 e no meio dos sete candeeiros, um semelhante ao Filho do Homem, vestido de uma roupa que chegava até os pés, e apertado pelo peito com um cinto de ouro. 14 Sua cabeça e seus cabelos eram brancos como branca lã, como neve; seus olhos como chama de fogo; 15 e seus pés semelhantes ao bronze polido, resplandecente como em um forno; e sua voz como estrondo de muitas águas. 16 Tinha em sua mão direita sete estrelas; de sua boca saía uma espada aguda de dois fios; e seu rosto era como o sol quando resplandece em sua força”. Ap 1:12-16.


A VOZ E A VISÃO


Vamos, na presença do Senhor, continuar estudando Sua palavra, o livro do Apocalipse. Estamos no capítulo 1 e hoje com a ajuda do Senhor começaremos a ver neste capítulo a visão de Cristo glorificado que o apóstolo João recebeu na ilha de Patmos; aqui nos apresenta, e a partir daqui começa toda a revelação. Do versículo 12 que já vimos na vez passada, vamos começar dali onde diz: “12 E voltei-me para ver a voz que falava comigo, e voltado, vi sete candeeiros de ouro, 13 e no meio dos candeeiros...” 


A palavra “sete” foi acrescentada nos manuscritos posteriores; os mais antigos dizem simplesmente: “e no meio dos candeeiros, um semelhante ao Filho do Homem, vestido de uma roupa que chegava até os pés, e apertado pelo peito com um cinto de ouro. 14 Sua cabeça e seus cabelos eram brancos como branca lã, como neve; seus  olhos como chama de fogo; 15 e seus pés semelhantes ao bronze brunido, resplandecente como em um forno; e sua voz como estrondo de muitas águas. 16 Tinha em sua mão direita sete estrelas; de sua boca saía uma espada aguda de dois fios; e seu rosto era como o sol quando resplandece em sua força. 17 Quando o vi, caí como morto a seus pés.

 E ele pôs sua mão direita sobre mim, me dizendo: Não tema; eu sou o primeiro e o último, 18 e o que vive e estive morto; mais eis aqui que vivo pelos séculos dos séculos, amém. E tenho as chaves da morte e do Hades. 19 Escreve as coisas que viste, e as que são, e as que têm que ser depois destas. 20 O mistério das sete estrelas que viste em minha mão direita, e dos sete candeeiros de ouro: as sete estrelas são os anjos das sete Igrejas, e os sete candeeiros que viste, são as sete Igrejas”. Aqui nesta visão, nesta aparição, nesta revelação de Cristo glorificado, o apóstolo  João viu tudo isto que acabamos de ler, mas que precisamos considerar pouco a pouco; notem que Apocalipse é a culminação de toda a Bíblia. Deus é o tema da Bíblia. O tema de Deus é Seu Filho; e aqui nesta visão temos nada menos que a visão gloriosa do Cristo glorificado; ou seja, nesta visão em Patmos estão sintetizadas muitas coisas acerca da identidade do Senhor Jesus, e cada um dos detalhes nos revela algo do mistério de Cristo; e digo o mistério de Cristo porque vocês podem vê-lo aqui em meio dos sete candeeiros de ouro. Temos a cabeça e o corpo: o Filho do Homem, o cabeça, no meio dos candeeiros, o corpo de Cristo, as Igrejas que são Seu corpo em toda a terra.




CRÍTICA TEXTUAL


Então, irmãos, vamos considerar um por um os detalhes desta visão. Em primeiro lugar, faço menção do comentário textual para que os irmãos estejam atentos, conforme a todos os versos que aparecem nos manuscritos mais antigos; as diferenças vinham no versículo 11, onde o que dizia a voz era: “escreve em um livro o que vês e envia às sete Igrejas”; aqui “que estão na Ásia,” foi acrescentado por um escriba posterior para identificar que eram as mesmas que estão na Ásia” que aparecem no verso 4; ou seja que no verso 4, a expressão “que estão na Ásia” é corroborado pelos manuscritos; mas no verso 11 foi acrescentado por um escriba posterior em manuscritos posteriores; não aparece nos manuscritos mais antigos; só que se refere às mesmas. Diz: “e envia-o às sete Igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia”. Me chama a atenção que quando se refere às Igrejas históricas, claro que diz: às sete Igrejas que estão na Ásia; mas como estas Igrejas que estão na Ásia representam o corpo de Cristo no sentido universal, por isso no verso 11, não é necessário acrescentar que estão na Ásia, porque aqui já está falando em profecia.


A outra porção é no verso 13 onde diz: “12 E voltei-me para ver a voz que falava comigo; e voltado, vi sete candeeiros de ouro, 13 e no meio dos [sete] candeeiros,” a palavra sete foi acrescentada por um escriba posterior, nos manuscritos tardios; nos anteriores não está; mas óbvio que se refere aos sete, mas quando diz aqui: os candeeiros, é muito mais amplo; são todas as Igrejas, porque aqueles primeiros candeeiros representam a todos os candeeiros. Sim, a igreja em Éfeso é um candeeiro; todas as Igrejas, cada uma em sua localidade, são também candeeiros; então por isso ali no verso 13 o correto é: “e no meio dos candeeiros, um semelhante ao Filho do Homem,” etc. O resto das passagens já são perfeitamente claras na maioria dos manuscritos; somente algo acontece na palavra “resplandecente” do versículo 15; algumas variantes, porque aparece de três maneiras nos manuscritos, posto que o apóstolo João escreveu “resplandecente” no singular e feminino no grego, então alguns escribas, para corrigir “resplandecente” relativo ao bronze, escreveram-no em masculino; e outro relativo “aos pés” o puseram no plural; mas ele diz no feminino e em singular referindo-se à caminhada dos pés. Isto no grego.


VESTIMENTAS REAIS E SACERDOTAIS


Agora sim, depois destes dados de crítica textual, vamos à exegese dos versos. Na vez passada vimos o 12, quando ele se voltou para ver o Senhor, a Voz, porque quem lhe falava era o Senhor; o Senhor o fez que visse primeiro os candeeiros de ouro, porque o Senhor se encontra no meio da igreja e aqui o Senhor está se revelando em Sua glória, e o mistério completo de Cristo inclui o Corpo de Cristo. Como esta é a visão final do Cristo glorificado, não pode aparecer a cabeça sem o corpo; então aparece o Filho do Homem em meio aos candeeiros. Cheguemos agora ao 13: “e no meio dos candeeiros, um semelhante ao Filho do Homem, vestido de uma roupa que chegava até os pés, e apertado pelo peito com um cinto de ouro”. Nestes detalhes que nos mostram como aparece vestido o Senhor Jesus no meio dos candeeiros, aparece com as vestimentas sacerdotais. No Antigo Testamento, vocês recordarão, nos capítulos 27, 28 e 29 do livro de Êxodo, ali aparece a descrição das vestimentas sacerdotais, da consagração sacerdotal; e vocês recordarão primeiro que havia umas vestimentas e essas vestimentas são vestimentas largas; são túnicas; eram vestimentas reais e sacerdotais; aqui aparece que as vestimentas chegavam até os pés. Por isso se vocês acompanharem a Isaías, capítulo 6, deixando marcado ali em Apocalipse onde voltaremos, em Isaías 6 nos diz o seguinte em relação à visão gloriosa do Senhor Jesus que o profeta Isaías teve: “1 No ano que morreu o rei Uzias vi eu ao Senhor sentado sobre um trono alto e sublime, e as abas de suas vestes enchiam o templo”. Suas vestes enchiam o templo; por isso ali aparece Ele com vestimentas reais e também com vestimentas sacerdotais. Se você segue lendo o capítulo 6, está falando ali de Jeová, mas a aparição de Jeová, Jeová é visível e reconhecido no Filho; por isso é que São João no capítulo 12 de seu evangelho, quando se refere à visão de Isaías, ele diz que essa visão se referia à glória de Cristo; por isso podem ler comigo no capítulo 12 do evangelho de São João do versículo 37: “37 Mas apesar que tinha feito tantos sinais diante deles, não acreditavam nele; 38 para que se cumprisse a palavra do profeta Isaías, que disse: Senhor, quem acreditou em nossa pregação? E a quem se revelou o braço do Senhor? 39 Por isto não podiam acreditar, porque também disse Isaías: (isto que vai dizer aqui, “disse Isaías,” é aquele capítulo 6 que estamos lendo) 40 Cegou os olhos deles, e endureceu seu coração; para que não vejam com os olhos, e entendam com o coração, e se convertam, e sejam por mim curados. 41 Isaías disse isto quando viu Sua glória”; ou seja, vem falando do Senhor Jesus; este “viu sua glória”, refere-se a que Isaías viu a glória do Senhor Jesus; ou seja, o Senhor Jesus em seu trono; diz: “as abas de suas vestes enchiam o templo”; essa vestimenta é sinal de realeza e sinal de sacerdócio. No Antigo Testamento a realeza e o sacerdócio estavam distribuídos entre as tribos de Judá e de Levi: a realeza na tribo de Judá, e na tribo de Levi o sacerdócio, porque houve uma queda de Rubens; Rubens era o primogênito. O primogênito era o que herdava o sacerdócio; o primogênito herdava o reino; o primogênito herdava a dupla porção; mas como pecou profanando o leito de seu pai, a primogenitura foi tirada de Rubens; e o reino foi dado a Judá, o sacerdócio foi dado a Levi e a dupla porção foi dada a José. Mas no caso do Senhor Jesus, o reino e o sacerdócio estão na ordem de Melquisedeque, que era sacerdote do Deus Altíssimo e rei de justiça, e rei de paz. Amém? Por isso aparece com estas vestimentas que representam tanto seu reinado, como seu sacerdócio.


Porém há mais um detalhe nestas vestimentas que o Espírito Santo quis ressaltar, é a que aparece aqui no verso 13 de Apocalipse: “Apertado pelo peito com um cinto de ouro”. Não diz: apertado pela cintura, mas apertado pelo peito, porque essa era justamente a vestimenta sacerdotal; no peito era onde ficava o cinto. O cinto dos sacerdotes se bordava em ouro, que era a figura, mas no Senhor Jesus não é só bordado em ouro, mas é todo de ouro; está pelo peito, por que pelo peito? Porque o cinto tinha esta função: o cinto era o que mantinha o éfode, que eram as ombreiras de onde se pendurava o peitoral, de onde se pendurava também a capa; então o éfode, as ombreiras, tinha umas argolas para frente e umas argolas para trás e o cinto passava por essas argolas para manter o éfode em seu lugar, para que não caíssem as ombreiras, não se desviasse; o cinto tinha a função de manter as ombreiras; ou seja, o éfode do peitoral, o éfode do manto, para que essas ombreiras não ficassem frouxas; eram asseguradas pelo cinto. 


Isso é muito interessante e muito significativo, porque vocês sabem que sobre o éfode ou sobre as ombreiras, havia duas pedras de ônix com os nomes das doze tribos de Israel: seis em um lado, seis em outro lado; ou seja, o Senhor carrega sobre Seus ombros o Seu povo; e também pendurado das mesmas argolas do éfode estava o peitoral com as doze pedras também das doze tribos de Israel, dizendo que o Senhor também carrega o Seu povo sobre Seu peito, sobre Seu coração; por isso Ele aparece como Sumo Sacerdote, ou seja, que intercede por Seu povo, que se responsabiliza por Seu povo, que leva a carga de Seu povo sobre Seu coração e sobre Seus ombros; por isso o cinto de ouro é tão importante, porque o cinto era o que mantinha o éfode em seu lugar, e o peitoral em seu lugar, e o manto em seu lugar; isso quer dizer que a intercessão, as misericórdias do Senhor são firmes, devido a esse cinto no peito; as ombreiras não caiam; portanto não se caía as pedras de ônix; portanto não podia cair Seu povo; Seu povo estava sobre Seus ombros; o Senhor carregando a responsabilidade de Seu povo, o Filho do Homem, o representante de todos nós, que nos representa diante de Deus.


Uma das tarefas que o Sumo Sacerdote tinha que fazer na antigüidade, era manter o candeeiro no tabernáculo e os candeeiros no templo, porque Deus mostra que Sua vontade é a multiplicação dos candeeiros. Seu povo está representado em um candeeiro no tabernáculo, em dez candeeiros no templo, mostrando que Deus quer encher a terra de sua Igreja; e uma das responsabilidades do sacerdote era que ele tinha que manter esses candeeiro funcionando; o sacerdote era o que tinha que acrescentar azeite às lâmpadas, e também tinha a espevitadeiras, que era aquela tesourinha com a qual tinha que tirar a parte seca do pavio para que não fumegasse e deixasse ambiente rarefeito. Esse era o trabalho do sacerdote, e aqui aparece o Senhor Jesus no meio dos candeeiros; ou seja, o Senhor Jesus está se reunindo sempre com Sua Igreja. “Onde estão dois ou três congregados em meu nome, ali estou eu em meio deles”. E o que está fazendo o Senhor? acrescentando azeite; ou seja, o Espírito Santo a nossos espíritos, vivificando nossos espíritos, tirando o velho. Por isso nos capítulos 2 e 3, quando nos descrevem as sete Igrejas, aí vemos o Senhor fazendo o duplo trabalho: Acrescentando azeite, (tens isto, não te porei outra carga) mas também usando a espevitadeiras (mas tenho contra ti isto); aí está o Senhor cortando o que é da carne, o que é do ego, o que não é do Espírito, o que é meramente natural, e acrescentando azeite, apoiando, reforçando o que está bem, cortando o que está mau. É o Senhor Jesus fazendo esse trabalho de Sumo Sacerdote no meio dos candeeiros. No Antigo Testamento era a figura; hoje é a realidade.


NO MEIO DOS CANDEEIROS



O Senhor está em meio de nós fazendo esse duplo trabalho: vivificando nosso espírito e aplicando a cruz a nossa alma, a nosso ego; o que vem de Adão tem que ser talhado com a cruz, com a tesourinha, com as espevitadeiras; e o que é do Espírito tem que ser avivado, tem que ser fervente, tem que haver renovação, tem que haver fluir; isso é o que o Senhor faz. Ele está por toda a terra olhando Sua Igreja; esses abajures se referem a nossos espíritos, diz a Escritura; é um verso que os irmãos conhecem, mas para que os novos o tenham de maneira mais firme, vamos ler no Livro dos Provérbios, porque este verso é extremamente importante, porque tem haver com o ofício sacerdotal do Senhor. 


Provérbios 20:27, diz assim: “Lâmpada do Senhor é o espírito do homem, a qual esquadrinha o mais profundo o coração”. Ou seja que o Senhor fez uma lâmpada para Ele pôr Sua luz e a Lâmpada onde a luz de Seu Espírito tem que iluminar é nosso espírito. Nosso espírito é o que tem que estar vivo, fervente, sensível, porque a Deus só se pode adorar em espírito, servir em espírito, captar, entender em espírito, compreender em espírito, perceber em espírito; Sua Lâmpada é nosso espírito; é nosso espírito o que percebe o testemunho de Deus. Diz Romanos 8:16 que o Espírito de Deus dá testemunho a nosso espírito; é nosso espírito; não é necessariamente nosso entendimento, que não é o mesmo que o espírito. Por isso diz 1 Coríntios 14:15: “Cantarei com o espírito, mas hoje cantarei também com o entendimento”, para mostrar que o entendimento e o espírito não são a mesma coisa. O espírito intui e recebe de maneira direta a impressão de Deus, e o entendimento o interpreta; às vezes não interpretamos bem esse mover do Espírito em nosso espírito, mas de repente, quando não entendemos, devemos orar, pedir em oração o poder interpretar. A interpretação é do entendimento, mas o espírito é mais profundo; toda comunicação de Deus, todo guiar de Deus, toda comunicação de Deus,  toda correção de Deus, toda direção de Deus é no espírito; todo testemunho de Deus chega a nosso espírito; nosso espírito é a lâmpada de Deus e o candeeiro é o portador da luz. No Antigo Testamento vocês vêem descrito o candeeiro em Êxodo, Levítico, Zacarias, com sete lâmpadas, representando a plenitude da vida no espírito, na igreja.


Então qual é o trabalho do Sumo Sacerdote que nos retém firmes, perto de seu coração e sobre seus ombros? O que tinha que fazer o sacerdote? Tinha que manter acesos os candeeiros diante de Seu Pai. O Pai encomendou um trabalho ao Filho e o Filho está fazendo esse trabalho à mão destra do Pai com seu Espírito em todas as Igrejas. O trabalho do Sumo Sacerdote tem haver com nosso espírito. Quando estamos muito na emoção, muito na alma, muito no natural, muito no intelecto, mas não no espírito, o Senhor trabalha com o propósito de nos pôr no Espírito; às vezes nos sentimos débeis, às vezes nos sentimos secos, porque o Senhor quer nos chamar a depender Dele, para vivificar nosso espírito. Todo o trabalho do Senhor em nossa vida como sacerdotes, é sempre nos pôr no Espírito, porque nós com muita facilidade nos deslizamos do espírito e entramos na carne, entramos na naturalidade, e ao Senhor toca fazer tudo o que tem que fazer para nos colocar no Espírito, manter as lâmpadas acesas; as lâmpadas acesas é o espírito vivo. Às vezes estamos no intelecto somente; então o Senhor nos deixa secos e por meio dessa secura, descobrimos que estamos só no intelecto; não é que esteja mal o intelecto, Ele o criou; mas tem que estar a mente posta no Espírito, ocupada, ungida pelo Espírito. É através dessa secura que o Senhor nos diz: estás em ti mesmo, volte para mim. O que a mim vem, de seu interior correrá o Espírito; então o Senhor sempre nos dirige a estar no Espírito.


Às vezes nos entusiasmamos na alma e nos metemos em uma quantidade de tarefas, mas vemos que o Espírito não nos acompanha; então temos que parar no Senhor até perceber Sua companhia, Sua unção, Sua aprovação, para caminhar em união com Ele. Não importa qual seja nossa função no Corpo de Cristo, tem que ser no Espírito; isso é o que está fazendo o Senhor. Por isso o Sumo Sacerdote intercede por nós, leva-nos sobre Seu peito, assegurados a Seu peito, em Seus ombros, mas fazendo um trabalho em meio dos candeeiros, mantendo essas luzes, essas lâmpadas, ou seja, nossos espíritos; não só o de cada um, mas também o de todos juntos, acesos diante de Seu Pai, porque esse é Seu trabalho; Ele se move no meio dos candeeiros, ou seja, fazendo Seu trabalho sacerdotal, ajudando às Igrejas a estar em vida, a estar em luz, a estar no Espírito. Interessante que a primeira coisa que o Senhor nos apresenta da visão de Cristo glorificado, é Sua posição como cabeça no meio da igreja, o representante dos homens, o Filho do Homem. Ali quando diz: no meio dos candeeiros, um semelhante ao; a palavra pode traduzir-se: um como o Filho do Homem; está se referindo às visões do Messias que aparecem no Antigo Testamento, as quais se referem a Cristo que viria ou o Messias, como o Filho do Homem, por exemplo em Daniel. Então esse que viu João, era como esse que tinha visto Daniel; Ezequiel também viu um como Filho do Homem, sentado no trono, no meio dos querubins. Aqui João está identificando o Senhor Jesus, como aquele Filho do Homem prometido nos profetas. O primeiro que aparece é Ele, em meio da igreja como cabeça, como rei, como sacerdote; por isso nos apresentam os dois aspectos do reino: suas vestimentas, as abas de suas vestes que chegavam até os pés, e também o cinto de ouro pelo peito que representa Seu sacerdócio.


O FILHO DO HOMEM GLORIFICADO E COMO JUÍZ


Agora chegamos ao versículo 14; primeiro o descreveu completo; agora vai começar a descrever da cabeça aos pés. Primeiro disse: o Filho do Homem; mas agora começa pela cabeça e  baixa até os pés e diz: “Sua cabeça e seus cabelos eram brancos como branca lã, como neve." Primeiro descreve Sua cabeça, e em Sua cabeça primeiro Seus cabelos; notem que quem era  descrito assim era o Ancião de dias, referindo-se ao Pai. Vamos a Daniel, onde no capítulo 7 aparece o seguinte; vejamos do versículo 9 onde aparece a descrição final do reino, depois das bestas que são descritas nos primeiros versos. Daniel 7:9: “9 Esteve olhando até que foram postos tronos, (estes são os do reino do Senhor e Seu povo) e se sentou um Ancião de dias, cujo vestido era branco como a neve, e o cabelo de sua cabeça como lã limpa; seu trono chama de fogo, e ao redor do mesmo, fogo ardente. 10 Um rio de fogo procedia e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões assistiam diante dele; o Juiz se sentou, e os livros foram abertos”. Aqui está mostrando o reino final, está mostrando o Ancião de dias. Primeiro, o Ancião de dias era o Pai. “11 Então, estive olhando, por causa da voz das insolentes palavras que falava o chifre (o anticristo); olhava até que mataram à besta, e seu corpo foi destroçado e entregue para ser queimado no fogo. 12 Quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio; todavia, foi-lhes dada a prolongação de vida por um prazo e um tempo.” 


Significa que tinham deixado de ser reis que reinavam e somente as nações que sobreviveram passam ao milênio. “13 Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu, um como um filho do homem”. Este é o Filho; quando ascendeu, a nuvem o recebeu e foi à mão direita do Pai. Aqui aparece quando Ele sobe em ascensão a receber o reino à mão destra do Pai, porque não diz que vinha na nuvem à terra, mas sim na nuvem chegou à mão direita do Pai, porque a nuvem o recebeu e o levou à mão direita do Pai.


Então, veio um como um filho do homem, que veio até o Ancião de dias; aqui vemos que o Ancião de dias era o Pai e o Filho do Homem é o Filho. “E lhe fizeram aproximar-se diante dele”. 


Mas agora fixem-se neste verso que é o que explica porquê agora é o Senhor Jesus o que tem a cabeça branca como a neve; porque o Pai deu o juízo ao Filho; se dão conta? Diz o Senhor Jesus: “O Pai a ninguém julga, mas todo o julgamento deu ao Filho” (João 5:22), por quanto o Filho é o Filho do homem. O Pai decide que o Filho seja quem julgue. Até aqui o Ancião é o Pai, mas a partir deste momento quando o Filho é glorificado e recebe o reino do Pai, o domínio de parte do Pai, ou seja, a representação do Pai, agora o Filho a recebe. “14 E foi dado domínio, glória e reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; seu domínio é domínio eterno, que nunca passará, e seu reino não será destruído”. Por isso quando o Arcanjo Gabriel explica isto mais adiante a Daniel no mesmo capítulo, diz: “26 Mas se sentará o Juiz, para lhe tirar o domínio ( àquele anticristo) para que seja destruído e arruinado até o fim, 27 e que o reino, e o domínio e a majestade dos reino debaixo de todo o céu, seja dado ao povo dos Santos do Altíssimo, cujo reino é reino eterno, e todos os domínios o servirão e obedecerão”. Agora o Juiz é o Filho. Primeiro disse quando estava na terra: Eu, a ninguém julgo, por isso meu julgamento é justo; porque Ele dependia do julgamento do Pai; mas logo julgavam o Pai e o Filho. Diz: Vós sabeis que o testemunho de dois homens é verdadeiro; meu Pai é o que dá testemunho e eu dou testemunho; então aí aparece o Filho com o Pai. Logo o Pai, como disse o Senhor Jesus, a ninguém julga, mas sim todo o julgamento confiou ao Filho. Agora é o Filho o que reina no nome do Pai; agora é o Filho o que se senta como Juiz.


Por isso em Atos dos Apóstolos, quando São Pedro começa a pregar, vocês podem ver comigo que o Juiz chega a ser o Filho. Quando ele está falando, São Pedro, lá na casa de Cornélio, Atos 10:42, diz: “E nos mandou que pregássemos ao povo, e atestássemos que ele é o que Deus pôs por Juiz de vivos e mortos”. Agora quem Deus pôs por Juiz, é o Filho; primeiro é o Pai, mas agora o Pai julga através do Filho. O Pai deu o julgamento ao Filho, Deus pôs o Filho como Juiz de vivos e mortos, e por isso é que como Juiz aparece com Sua cabeça como lã branca. Os juízes, para julgar, colocam uma peruca branca; vocês viram, por exemplo, como os juízes entram com sua peruca de lã branca, com sua túnica, para exercer o ofício de juízes; isso é o que representa essa peruca branca, que é, como dizer, que está julgando no nome de Deus; tem que representar o nome de Deus. Por isso é que Deus lhes disse: “Vós sois deuses” (Salmo 82:6); a quem o disse? Aos juízes; porque deviam representar o nome de Deus; agora o que recebe o encargo de julgar, de presidir o julgamento em nome de Deus, é o Filho; agora em Apocalipse aparece o Filho com a cabeça branca como a lã. Percebem? E resplandecente como a neve; ou seja, mostrando não só, como se diz, Sua antigüidade, mas também Sua eternidade; porque  ao dizer: o Ancião de dias, refere-se ao Eterno; mas como o Pai diz ser o Alfa e o Ômega, o Filho diz ser o Alfa e o Ômega também.


Por isso aparece aqui o Filho em Apocalipse 1:14: “Sua cabeça e seus cabelos eram brancos como branca lã, como neve; seus olhos como chama de fogo" Primeiro descreve um aspecto do Cristo glorificado; Seu aspecto como rei, Seu aspecto como cabeça da igreja, Seu aspecto como sacerdote, e agora no verso 14, seu aspecto como Juiz; Ele é o Filho do Homem, é a cabeça do corpo, Ele é o rei, Ele é o sacerdote e Ele é também o Juiz; ou seja, todas essas funções se encontram resumidas no Senhor Jesus; por isso aparecem também Seus olhos: “seus olhos como chama de fogo”; quer dizer, Ele esquadrinha o mais profundo, Ele purifica, Ele discerne, Ele infunde, como dizia o irmão Witness Lee; infunde com Seu olhar; Ele nos comunica o que Ele é e nos transforma; Seus olhos como chama de fogo, aparecem no contexto Dele como Juiz; Seu cabelo como branca lã, como neve, e Seus olhos como chama de fogo; ou seja que ninguém pode esconder do Senhor.


O JUÍZO DE DEUS CONTRA O PECADO


Agora vem o verso 15: “E seus pés semelhantes ao bronze brunido, resplandecente como em um forno”. Vamos primeiro nos deter nessa parte; está descrevendo da cabeça aos pés; agora chega aos pés. A palavra que se traduz ali: “bronze brunido”, é uma palavra que só aparece usada pelo apóstolo João no Apocalipse; em nenhum outro livro da Bíblia; e até agora não se encontrou nenhum outro livro grego da época em que apareça esta palavra. A palavra é “calcolíbano”, que ali se traduz em duas palavras: “bronze brunido”; a palavra no grego, está em um grego misturado com hebraico, porque a palavra “decalques” em grego, é a palavra que quer dizer “bronze”; mas a palavra “brunido”, ou seja a palavra “Líbano”, de calcolíbano, essa palavra “Líbano”, que vem de Labão, quer dizer: “brunido”, mas no hebraico. Como João era judeu, era israelita, mas estava em Éfeso, ele pôs uma palavra mista, uma palavra grega e hebraica: “calcolíbano”, que se traduz “bronze brunido”; claro que em Éfeso, na cidade de Éfeso havia lugares onde se trabalhava com metais, e vários dos proprietários desses trabalhos em metais eram judeus; portanto era muito normal haja sido criada essa palavra “calcolíbano”, mesclada de grego e hebraico, que é  mencionada aqui: “bronze brunido”, “calcolíbano”.


Mas quero chamar a atenção para algo mais. Diz também: “resplandecente”; aqui, como disse agora no comentário textual inicial, esta palavra “resplandecente” em grego é singular feminino; ou seja que não se refere ao bronze brunido, nem aos pés no plural, mas à caminhada; e o contexto aparece onde diz o seguinte: “resplandecente como em um forno”. Sabem como se diz forno no grego? E isto me chama muito a atenção; forno se diz no grego: “caminho”; ou seja que caminho, é o forno; o caminho estreito que viveu o Senhor Jesus é o forno; ali foi quando Seus pés foram brunidos; por isso aparece Sua caminhada, resplandecente como em um forno; ou seja, que isso representa um tratamento do Senhor. Diz a Escritura do Senhor Jesus em Hebreus 5:8 que “pelo que padeceu aprendeu a obediência”; ou seja, aí está quando o decalques está sendo brunido; ou seja, quando o Senhor está caminhando Seu caminho estreito; quando o Senhor está julgando, porque isso é o que representa o metal bronze na Bíblia; o julgamento de Deus contra o pecado, contra o ego, contra o mal, contra o mundo; por isso no Lugar Santíssimo se usava o ouro, mas no Lugar Santo e nas bases aparecia a prata; mas as colunas do átrio, que separavam o de fora do de dentro, eram colunas de bronze; o altar onde se sacrificava o cordeiro era também um altar de bronze; o bronze é o metal que representa o julgamento de Deus.


 E o Senhor, tendo os pés como de bronze brunido, quer dizer que Ele foi o que levou o julgamento pelo pecado, Ele julgou ao pecado em sua própria carne, venceu ao pecado na carne, julgou ao pecado na cruz; ou seja, Ele passou pelo caminho estreito, pelo forno; a vida de provação do Senhor, de negar-se a si mesmo até a morte, de humilhar-se até o máximo, quer dizer que Ele passou pelo forno para poder ser o bronze brunido; chegou a ser resplandecente como em um forno. Ai irmãos! Quando vi que a palavra “forno” é “caminho”, disse: Senhor, estás me ensinando algo. O verdadeiro caminho é o estreito, negar o ego, negar o eu, nos humilhar a nós mesmos.


A FACULDADE DE JULGAR


“15 E seus pés semelhantes ao bronze brunido, resplandecente como em um forno”. Aqui vemos a base pela qual Ele foi feito Juiz: porque Ele julgou a si mesmo. Ele diz: “Não pode o Filho fazer nada por si mesmo, a não ser o que vê fazer ao Pai” (João 5:19); ou seja, o Senhor se negou a viver uma vida independente do Pai e se humilhou até a morte, e por isso o Pai o pôs como Senhor e o fez Juiz de todas as coisas; ou seja, Sua caminhada é a base de Seu senhorio. Até que nossa caminhada seja a base de nosso lugar no reino, até onde nos tenhamos julgado a nós mesmos, podemos cooperar com o Senhor para julgar o mundo; naquilo em que não nos negamos a nós mesmos, não podemos tampouco julgar o mundo. Se nós toleramos algo do mundo em nós mesmos, então vamos pregar assim, vamos tolerar assim, não vamos julgar, mas como não julgamos a nós mesmos, não julgaremos o mundo; ou seja, não estaremos facultados para reinar com Ele em Seu trono; porque diz Apocalipse 20 que nesses tronos se sentarão os que receberam faculdade de julgar. A faculdade de julgar consiste em poder chamar o preto, preto, ao branco, branco, a cada coisa por seu nome, e pondo os pingos nos "ís"; em nós mesmos, para poder então cooperar com o Senhor em Seu julgamento; por isso esses dois versos aparecem seguidos: “14 Sua cabeça e seus cabelos eram brancos como branca lã, como neve; seus olhos como chama de fogo; 15 e seus pés semelhantes ao bronze brunido, resplandecente como em um forno”.


Agora sim aparece a voz. É curioso que a voz não aparece antes; ele vinha falando da cabeça, os olhos, e passou aos pés; e logo vem a voz; quer dizer que se nós não vivermos, o que falamos não tem valor; primeiro temos que andar, viver, para que então tenha lugar a seriedade de nossas palavras; a voz vem depois de ter passado pelo forno. Então agora se diz aqui: “e sua voz como estrondo de muitas águas Isso quer dizer que o Senhor também faz ouvir Sua voz em meio das nações, porque também às muitas águas, às nações, é o testemunho do Senhor; não que as nações atestem do Senhor, mas o Senhor conquistará as nações; digamos que nossas vozes devem dizer o que fez o Senhor; portanto Sua voz, chega a ser uma voz poderosa como de muitas águas; uma voz forte.


A ESPADA AGUDA DE DOIS FIOS


Chegamos ao versículo 16. Este verso é muito profundo; este verso é muito rico e não acredito que alcancemos a terminar hoje; mas pelo menos vamos ver algo essencial. Agora chega a mão, mão direita. “Tinha em sua mão direita sete estrelas”. Depois fala da boca; uma coisa é a voz e outra coisa é a boca: “Tinha em sua mão direita sete estrelas; de sua boca saía uma espada aguda de dois fios; e seu rosto era como o sol quando resplandece em sua força”. Vamos primeiro tratar o mais singelo, por causa do tempo, e deixamos o mais profundo para na próxima sexta-feira: “De sua boca saía uma espada aguda de dois fios”. 


Vocês sabem que isso se refere à palavra de Deus; vamos ver dois versos, especialmente por causa dos irmãos mais novos, em Efésios 6 e em Hebreus 4. Efésios 6:17: “E tomem o elmo da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus”. A espada do Espírito é a palavra de Deus; e Hebreus 4:12, diz: “12 Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante que toda espada de dois fios; e penetra até partir a alma e o espírito, as juntas e as medulas, e discerne os pensamentos e as intenções do coração. 13 E não há coisa criada que não seja manifesta em sua presença; antes bem todas as coisas estão nuas e abertas aos olhos daquele a quem temos que dar conta”. Vemos no contexto que aparece a palavra do Senhor viva e eficaz, como espada de dois fios, referindo-se à palavra de Deus; ou seja, aqui quando diz em Apocalipse 1:16: “De sua boca saía uma espada aguda de dois fios”, refere-se à palavra de Deus. Vejamos isso também em 2 Tessalonicenses 2:8, quando fala do anticristo: “E então se manifestará aquele iníquo, a quem o Senhor matará com o espírito de sua boca, (e a espada do Espírito é a palavra) e destruirá com o resplendor de sua vinda”. Por isso, em Apocalipse 19:11, diz: “11 Então vi o céu aberto; e eis aqui um cavalo branco, e o que o montava se chamava Fiel e Verdadeiro, e com justiça julga e briga. 12 Seus olhos eram como chamas de fogo, e havia em sua cabeça muitos diademas; e tinha um nome escrito que ninguém conhecia a não ser ele mesmo. 15 De sua boca sai uma espada aguda, para ferir com ela às nações, e ele as regerá com vara de ferro; e ele pisa no lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-poderoso”. Enfatizamos: “De sua boca sai uma espada aguda, para ferir com ela às nações”. Todos estes versos mostram claramente que essa espada que sai de Sua boca, é Sua palavra viva e eficaz que penetra até o mais profundo de nosso ser, separando o que é do espírito, pelo que é da alma, o que é do ego, etc., o que é de cima, pelo que é de baixo, o precioso do vil, o santo do profano. Assim Ele se apresenta à igreja em Pérgamo, que era precisamente a igreja da mistura; por isso quando se apresenta à igreja em Pérgamo, diz no 2:12: “E escreve ao anjo da igreja em Pérgamo: que tem a espada aguda de dois fios diz isto”. Aqui o Senhor discerne o que é do alto do que é baixo, o que é do mundo e o que é do Espírito. Então essa palavra é muito importante: “De sua boca saía uma espada aguda de dois fios; e seu rosto era como o sol quando resplandece em sua força”.


Analisemos. “E seu rosto era como o sol quando resplandece na sua força”. Significa que a glória de Deus se reflete no rosto do Senhor Jesus; não só do Senhor Jesus é dito que brilha como o sol; às vezes nos profetas, quando estavam descrevendo a um anjo criado, diziam que seu rosto brilhava como o sol; também quando é descrito a glória dos redimidos em Daniel capítulo 12, na parte que diz sobre os que ensinavam a justiça à multidão, resplandecerão como astros no firmamento. Se isso é dito dos redimidos e se diz dos anjos, quanto mais do Senhor Jesus; ou seja, o rosto do Senhor brilhava como o sol; ou seja, mais que o sol, porque o sol ainda que brilhasse sete vezes mais para os que estiverem fora da Nova Jerusalém; mas a Nova Jerusalém não tem necessidade de luz do sol, porque o Cordeiro, que é sua lâmpada , a ilumina com a glória de Deus. Aqui se refere à glória de Deus manifesta no rosto do Senhor Jesus. “E seu rosto era como o sol quando resplandece em sua força”. Estamos, irmãos, faltando 5 minutos para as 8 e meia, e eu sei que o assunto das sete estrelas vai requerer mais tempo, então eu digo que é melhor pararmos aqui. Damos graças ao Senhor pelo que pudemos ver hoje.


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