Aproximação ao Apocalipse (16) MENSAGEM À IGREJA EM PÉRGAMO

 Aproximação ao Apocalipse (16)

MENSAGEM À IGREJA EM PÉRGAMO


“E escreve ao anjo da igreja em Pérgamo: O que tem a espada aguda de dois fios, diz isto”. Apocalipse 2:12. 

DETALHES  DA CRÍTICA TEXTUAL


Vamos abrir a palavra do Senhor no Livro do Apocalipse 2:12 a 17, na mensagem correspondente à igreja em Pérgamo. A mensagem do Senhor Jesus à igreja em Pérgamo; portanto, do Espírito às igrejas; a todos nós. Vou fazer a primeira leitura de uma só vez como costumamos fazê-la e também para considerar os detalhes da crítica textual baseados nos manuscritos mais antigos. Então vou ler o capítulo 2 desde o verso 12 até terminar a mensagem a Pérgamo: “12 E escreve ao anjo da igreja em Pérgamo: O que tem a espada aguda de dois fios diz isto: “13 Eu conheço onde moras”, (a palavra “tuas obras” não aparece nos manuscritos mais antigos, senão somente em alguns; parece que a intenção de alguns escribas era igualar a saudação em todas as igrejas, mas nos manuscritos mais antigos diz. “12 Eu conheço onde moras, onde está o trono de Satanás; mas reténs meu nome e não negaste minha fé, nem ainda nos dias em que Antipas minha testemunha fiel foi morto entre vocês, onde mora Satanás”. A palavra “nem ainda”, sim é original, mas ainda há discussões porque alguns manuscritos não  têm; porque a palavra “ainda,” ais no idioma grego, é similar à terminação ais da palavra anterior; então alguns escribas ao ver um “ais”, pensaram que já tinham escrito o segundo ais e pularam, mas em outros manuscritos aparece; aqui no Textus Receptus, que é no qual se baseia a tradução Reina Valera, está correto essa passagem: “nem ainda nos dias em que Antipas minha testemunha fiel foi morto entre vocês, onde mora Satanás. 14 Mas tenho umas poucas coisas contra ti: que tens aí aos que retêm a doutrina de Balaão, que ensinava a Balaque a pôr tropeço ante os filhos de Israel, a comer de coisas sacrificadas aos ídolos, e a cometer fornicação. 15 E também tens os que retêm a doutrina dos nicolaítas”. A expressão “a que eu aborreço” provem da mensagem a Éfeso onde é autêntica em todos os manuscritos; alguns escribas posteriores igualaram a expressão e a agregaram também a Pérgamo, mas não está nos manuscritos mais antigos. “16 Por tanto, arrepende-te, pois se não virei a ti cedo, e brigarei contra eles com a espada de minha boca. 17 que tem ouvido, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao que vencer, darei do maná escondido”. A palavra “a comer”, é um arranjo, um enfeite que alguns escribas fizeram posteriormente; não está em todos os manuscritos. “E lhe darei uma pedrinha branca e na pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe”. Que mensagem tremenda é essa! Tanto à Pérgamo histórica, como ao período da Igreja que se corresponde com a mensagem a Pérgamo.

APANHADO HISTÓRICO

 Vamos primeiro falar um pouquinho da cidade de Pérgamo para ter uma visão histórica. Pérgamo ficava a menos de 100 quilômetros ao norte de Esmirna, na mesma linha que de baixo para cima vai de Éfeso a Esmirna e Pérgamo; e depois volta para o oriente, para Tiatira, e depois vai baixando outra vez para o sul. Então Pérgamo também é uma cidade antiga, também foi uma cidade importante do império romano; mas o mais terrível é que na cidade de Pérgamo existia um acúmulo de cultos pagãos, maior do que existia em outras cidades; ali se adorava a muitos deuses, mas o do principal santuário era o de Asclépio ou Esculápio; é o mesmo nome; quando vocês lerem na história: Asclépio, refere-se a Esculápio; é o mesmo. Esculápio era o deus serpente; e uma mulher chamada Nicágora, que era como uma espécie de bruxa, feiticeira, trouxe à cidade de Pérgamo uma tremenda serpente e foi entronizada na cidade de Pérgamo; mas para um lado da cidade de Pérgamo, tem um morro alto; e esse morro era cheio de templos e de altares às diferentes divindades, e ali estava o altar a Asclépio, ou seja a Esculápio, ou seja à serpente. Até hoje em dia, médicos e farmacêuticos, não sei se os dentistas também, têm um símbolo de uma serpente enrolada; umas são com duas cabeças, outros com uma cabeça chegando a beber de uma taça; vocês podem ver no símbolo dessas carreiras; essa serpente é Esculápio, porque lá celebravam culto à serpente e para serem curados pela serpente; então se adorava à própria serpente Esculápio; por isso o Senhor diz: “onde está o trono de Satanás”. Esse altar de Pérgamo depois foi roubado, porque realmente muitos dos países ocidentais roubaram os monumentos antigos do Egito, Arábia, Turquia, e os levaram a seus museus; o de Londres ou o do Louvre em Paris; no caso do altar de Pérgamo, ele foi levado a Berlim e hoje está no museu de Berlim; o altar do trono de Satanás foi levado a Berlim. Depois o ocultismo nazista usou muito dessas coisas; vocês sabem que os nazistas foram ocultistas; estavam vinculados com a ordem de Thule, vinculados com os Iluminatis, através de Rudolph Hess, que se suicidou em Spandau; um dos mais famosos, e muito ocultismo; até hoje em dia se publicam aqui na Colômbia muitos livros de ocultismo nazista: “O cordão dourado”, “Kundalini”; todas essas coisas do ocultismo são muito comuns na Colômbia; gente anti-semita também existe aqui na Colômbia; por isso têm que ser contada essas histórias. Em Berlim está esse altar de Pérgamo; ou seja, que lá se adorava a Satanás diretamente, e tinha outras deidades nesse morro onde estava aquele altar. Por isso é que o Senhor diz: “Eu sei onde moras, onde está o trono de Satanás, mas reténs meu nome”. Hoje em dia, a cidade de Pérgamo já não existe, foi totalmente varrida; como lhes disse da vez passada, somente há duas cidades destas sete que estão em pé, e são justamente aquelas às que o Senhor não lhes reprovou nada, que são Esmirna, que hoje em dia é a cidade de Izmir, e Filadélfia; estas duas cidades estão em pé hoje; as demais não existem. Pérgamo não existe;  de baixo do lugar onde ficava Pérgamo que era um planalto, há um vilarejo que recorda o nome de Pérgamo e que se chama Bérgama; hoje em dia existe um vilarejo, uma aldeia, perto de onde era Pérgamo, que se chama Bérgama. Agora vamos ver no sentido profético.

A FORTALEZA DE TRÓIA

A raiz pergus quer dizer: fortaleza ou torre alta, porque era como a fortaleza; sabem de que cidade? De Tróia; a fortaleza da cidade de Tróia era Pérgamo, Pérgus; a antiga Tróia que vocês conhecem, pelas guerras de Tróia, ou de Homero e todas aquelas coisas; então a fortaleza dessa cidade que se chamava Pérgus, é Pérgamo. Ali, pois, em Pérgamo, estava a doutrina de Esculápio, ou seja, do próprio diabo, e ali também se formou a escola de Pérgamo. Teve uma escola famosa que se chamou a Escola de Pérgamo que foi uma escola que tomou a linha neoplatônica; o neoplatonismo teve essa escola filosófica que foi muito importante em Pérgamo, e dessa escola surgiu nada menos que Juliano o apóstata; não sei se vocês sabem quem era Juliano o apóstata. A pessoa que fundou essa escola foi Edésio da Capadócia, mas era também um discípulo de um personagem ocultista do passado; não sei se vocês ouviram falar de Orfeu, tudo o que é o ocultismo de Orfeu e dos babilônios; o ocultismo babilônio dos caldeus foi trazido para a Grécia por um homem que se chamou Jámblico; Jámblico foi quem passou as teurgias caldeias à mitologia grega e à filosofia grega; e um discípulo de Jámblico, Edésio, era quem trazia toda essa linha de Orfeu e de outros de antes. Aglaofamus foi um personagem que trouxe de Egito a Grécia os mistérios Órficus e Jámblicos trouxe os mistérios caldeus e um discípulo de Jámblico cujo nome é Edésio foi quem fundou esta famosa Escola de Pérgamo; ou seja, o ocultismo; a vertente ocultista passou por Pérgamo e dessa escola foi que surgiu esse imperador romano chamado Juliano o apóstata, que foi um imperador descendente de Constantino, que se chamou o apóstata porque quis restituir o paganismo depois de que as perseguições imperiais, por constantino, tinham passado. O tempo das perseguições corresponde a Esmirna; depois veio o tempo do período de Constantino e uma paganização do cristianismo e uma cristianização pagã do império que corresponde a Pérgamo; no entanto teve um descendente de Constantino que era desta Escola de Pérgamo. Quis refutar o cristianismo e reviver de novo o paganismo; inclusive quiseram levantar de novo à Babilônia e não puderam, porque uns raios e relâmpagos apareceram e não puderam restaurar a Babilônia, mas queriam restaurar Babilônia. Teve outro famoso neoplatônico também da Escola de Pérgamo que se chamou Salústio, o famoso Salústio; há obras clássicas de Salústio; era dessa linha de Pérgamo. Agora, à igreja em Pérgamo, como vemos aqui, o Senhor lhes conta alguns detalhes que vamos ver agora melhor, sobre o nicolaísmo, sobre o balaãmismo ( de Balaão). A história diz que a igreja histórica de Pérgamo cedeu ao gnosticismo; desgraçadamente cedeu ao gnosticismo; o gnosticismo conseguiu vencer os que não se mantiveram fiéis e se misturaram com o gnosticismo. 

MUITO CASADO

Vejamos agora, parte por parte, a mensagem a Pérgamo no sentido histórico, e depois no sentido profético; então comecemos pelo princípio: “Escreve ao anjo da igreja em Pérgamo”. A palavra Pérgamo, que é aquela cidade histórica, tem um sentido etimológico que vem de per, que quer dizer muito; em química, por exemplo, fala-se de percloreto de tal coisa; a raiz “per” quer dizer muito. Hipo é pouco, per é muito. Gamo vem da palavra casamento; por exemplo, poligamia quer dizer casado com muitas mulheres; bem como uma mulher casada com muitos homens, poliandría. A palavra gameta, parte feminina das plantas. Então Pérgamo quer dizer: muito casado. O Senhor nesta mensagem à igreja está dizendo que está numa condição muito misturada e que Ele vai descrever aqui a seguir; mas ao mencionar a palavra Pérgamo e escolher Pérgamo para projetar a profecia, o Senhor está dizendo que é uma época de mistura. Sucedeu que Satanás não pôde vencer à igreja em muitos séculos de perseguições; a primeira geração dos primeiros apóstolos, com Nero e passando por todos aqueles 10 imperadores perseguidores, que  recordamos da vez passada, terminando com Diocleciano, que foi o pior perseguidor, cuja perseguição durou dez anos e que se propôs acabar com o Cristianismo e queimar os livros sagrados; Satanás não pôde destruir o Cristianismo através da perseguição; provou-o muitas vezes e de muitas maneiras; então Satanás mudou de tática. Se não podia destruir o Cristianismo com perseguição, agora ia abrir as portas do mundo aos cristãos, as portas do Estado; ia permitir que o Cristianismo escalasse posições altas na sociedade. Os que antes eram os templos pagãos iam ser postos nas mãos dos cristãos, e Satanás começou a misturar o cristianismo com o paganismo, com o poder, com a política, com o clero, com a classe alta, a elite, e começou a paganizacão do cristianismo; e esse período de paganizacão está representado nesta igreja de Pérgamo, a igreja histórica e a igreja profética de Pérgamo, no período a partir do edito de Milão, com Constantino.

MATRIMÔNIO IDOLÁTRICO

O imperador Constantino era um pagão, um adorador do sol invicto e de Mitra. O mitraísmo era uma religião muito comum no império romano; então este imperador teve uma experiência: ele viu uma cruz no céu e uma voz que lhe disse: com este sinal vencerás. A partir daí, ele começou a aprovar o Cristianismo; a partir daí Constantino venceu a Magêncio, venceu a Licínio, que eram seus rivais no império; e ele chegou a tomar o poder do império romano e ditou o edital de tolerância, no qual o Cristianismo já não era perseguido, porque desde Nero a Diocleciano o Cristianismo era proibido. Ser cristão era um delito; não era roubar, matar, simplesmente ser cristão. Agora Constantino ditou a tolerância e depois entrou na moda o Cristianismo, ficou na moda entre os pagãos, e muitos começaram a aceitar o Cristianismo, ou pelo menos, a moda do Cristianismo. Uma coisa é nascer de novo e outra coisa é a moda; então teve cristãos legítimos a quem o Senhor mesmo reconhece, mas também teve uma paganizacão. Por exemplo, havia a estátua de Júpiter olímpico com um raio na mão, então tiraram o raio e o chamaram de São Pedro; então agora a pessoa vai a Roma e beija o pé da estátua de Júpiter Olímpico, dizendo que ele é São Pedro; já tem até o pé desgastado; ou seja, paganizando. As coisas pagãs foram dando nomes cristãos. A antiga Semíramis, mulher de Nirode que deificou a Nirode e chegou a chamar-se “a rainha do céu” no paganismo antigo babilônico, e que foi a origem de Isis, de Izuara, de Astarté, de Astarote, que até hoje em dia se chama a rainha do céu, foi mudada para Maria; mas Maria, quando você lê no Novo Testamento, era muito singela, muito humilde; mas você via que tinha uma adoração à rainha do céu que depois foi sendo dada a Maria. A Maria foi dada uma adoração como se dava a Deus, e há muitas pessoas que quase adoram mais a Maria do que a Deus e a Cristo. Se você menciona a Deus, imediatamente mencionam a Maria como para pô-la no mesmo plano de Deus; isso foi uma paganização a partir dessa época, quando começou em Éfeso a ser engrandecida porque era uma adoração pagã que já existia; então como foi tirado o paganismo, tinha que tomar as festas pagãs.

O CRISTIANISMO E A RELIGIÃO BABILÔNICA

Tinha a festa do sol invicto, então disseram: Como vamos acabar com as festas destas pessoas? Já faz tempo que estão celebrando estas festas. Vamos dizer que Jesus nasceu no dia 25 de dezembro, vamos celebrar o natal; então a festa do sol invicto é a festa que hoje em dia é o natal. Realmente Jesus não nasceu em dezembro, mas em outubro, ora, hoje se adora como se fosse o natal, porque era a festa do sol invicto que Constantino celebrava, como também muitas outras festas. Por exemplo, existiam as virgens vestais que eram as que cuidavam do fogo sagrado; então a algumas virgens, era proibido casar, ter relações; elas tinham que observar o celibato obrigatoriamente; então começou o celibato obrigatório e começaram as freiras e os monges, tomando algo cristão misturado com algo pagão para ir adaptando o cristão ao pagão, de maneira que o Cristianismo se tingia de paganismo e o paganismo de Cristianismo; isso é o que quer dizer Pérgamo: muito casado, muito misturado; eu estou sintetizando as coisas porque só podemos ver nos princípios gerais, mas se vocês querem ver detalhes disso, há muitos livros onde  se explicam essas coisas com muito detalhe. Por exemplo, recomendo-lhes o livro “As Duas Babilônias” de Alexander Hislop, onde mostra que a Babilônia pagã se infiltrou no Cristianismo e como o pagão se misturou com o cristão.Também outra obra de Ralph Woodrow que se chama “Babilônia a religião dos mistérios”; é outra obra onde isso está ilustrado de uma maneira muito boa. Há outra obra que não recomendo, mas menciono, de Madame Blavasky, onde ela demonstra a identidade dos símbolos maçônicos e católicos. Terrível! Mostrando como isso vem do paganismo antigo e como chegam a ser similares, parecidos, e às vezes, idênticos. Isto só para ilustrar o que quer dizer Pérgamo; a situação de Satanás, já não usando a perseguição, senão usando a mistura, usando o ecleticismo, a mistura.

A ESPADA DE DOIS FIOS

Com essa situação, como tem que se apresentar o Senhor? O que tem a espada de dois fios haver com isto? Ante uma situação de mistura, o Senhor tinha que se apresentar como aquele que tinha a espada. Esmirna estava em perseguição, então Ele se apresentou como o que esteve morto e viveu. Mas de outra forma, Pérgamo estava em mistura, então Ele se apresentou naquilo que Pérgamo precisava. O que precisava Pérgamo? O que tem a espada de dois gumes, e que penetra até separar a alma e o espírito, as juntas e os ligamentos e discerne as intenções e os pensamentos do coração, como diz claramente ali em Hebreus 4:12. Ali o Senhor tem que separar o que é de Deus, do que é do homem, o que é do diabo; o que é santo do que é profano; o que é precioso do que é vil; o que é do Espírito do que é da alma; o que é da carne, o que é celestial do que é terreno, o que é diabólico, porque tudo estava misturado; então como tem que se apresentar o Senhor quando a igreja está misturada? Qual é a necessidade da igreja? A palavra do Senhor que separa o que é sim do que não é; o verdadeiro do falso; essa era a necessidade de Pérgamo e assim se apresenta o Senhor: o que tem a espada de dois fios diz isto.

SUMO PONTÍFICE DE ROMA

Então o Senhor começa a dizer..., claro, o Senhor compreende por que Pérgamo é Pérgamo. Então Ele começa dizendo-lhe: “Eu conheço onde moras”; claro, é que em Pérgamo estava o trono de Satanás, “onde está o trono de Satanás”. Eu conheço onde moras, eu sei onde estás; estás no ambiente de maior ecleticismo, de maior paganismo, da filosofia pagã, do culto a Esculápio, etc. O Senhor conhece, eu conheço onde moras, onde está o trono de Satanás. Veja que o sumo sacerdócio babilônico que se transformava de sumo pontífice babilônico a sumo pontífice, porque o título “sumo pontífice” vem da Babilônia, então, quando o rei Átalo III de Pérgamo, porque ele era de Pérgamo, ele cedeu o reino de Pérgamo e parte do território onde ele exercia autoridade, cedeu-o ao império romano; então os imperadores romanos assumiram o direito sobre Pérgamo e assumiram o sumo pontificado. Então o sumo pontífice da Babilônia, na época que Ciro venceu a Babilônia, os sumos sacerdotes da Babilônia fugiram para Pérgamo e estabeleceram o culto de Esculápio em Pérgamo. Então quando Átalo III entregou Pérgamo ao Império Romano, o sumo sacerdócio babilônico que estava em Pérgamo passou para o César de Roma; então o César de Roma passou a ser chamado de sumo pontífice, com as mesmas vestimentas que são usadas ainda hoje; que diz Apocalipses 17 da grande prostituta, que podemos ler ali. Depois veremos isso com mais detalhe, agora só para ilustrar.


A GRANDE PROSTITUTA

 Apocalipse 17:1: “1 Veio então um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo dizendo-me: Vem cá, e te mostrarei a sentença contra a grande prostituta, a que está sentada sobre muitas águas; 2 com a qual fornicaram os reis da terra, e os moradores da terra se têm embriagado com o vinho de sua fornicação. 3 E me levou no Espírito ao deserto; e vi a uma mulher sentada sobre uma besta escarlata cheia de nomes de blasfêmia, que tinha sete cabeças e dez chifres”. E fixem-se aqui, as vestimentas que usavam nessa época é a mesma que se usa ainda hoje em Roma. E diz: “4 E a mulher estava vestida de púrpura e escarlata, e adornada de ouro, de pedras preciosas e de pérolas, e tinha na mão um cálice de ouro cheio de abominações e da imundícia de sua fornicação; 5 e em sua fronte um nome escrito em mistério: Babilônia a grande, a mãe das prostitutas e das abominações da terra”. Agora, se vocês querem ver quem é esta Babilônia no tempo de João, diz João no capítulo 17, verso 18: “E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra”. Quem reinava sobre os reinos da terra quando João vivia? Roma, era o império romano; então esta grande prostituta era Roma. Do sumo pontificado babilônico passou aos césares de Roma, e João está dizendo: Olhem-na, veste-se de púrpura, veste-se de escarlata, enfeita-se com ouro, pedras preciosas, tem um cálice de ouro, fornica com os reis da terra. É Roma, diz João; ainda não tinha existido já o papado; era o império romano quando João a expôs, mas sucedeu que como o sumo pontificado da Babilônia por Pérgamo chegou a Roma, quando Constantino aceitou o Cristianismo, no entanto, continuou sendo o sacerdote do paganismo; mesmo Constantino exerceu os dois sacerdócios, porque ele usava a religião como instrumento da política endinheirada do império. Depois Constantino morreu e seus filhos continuaram com o sacerdócio e seguiram sendo sumos pontífices até que um dos descendentes de Constantino, da idade média, que se chamou Graciano, o imperador Graciano sentiu-se muito incomodado ao ser chamado de sumo pontífice e renunciou ao título de sumo pontífice. Eles já tinham mudado de Roma para Constantinopla. Quando Graciano recusou o título de sumo pontífice, então o bispo Dâmaso de Roma, que está na lista dos Papas, assumiu o título, e desde aí foram inclusive adotando as mesmas vestimentas, essa mitra em forma de peixe que era a cabeça do peixe dos sacerdotes babilônicos e as mesmas vestimentas; até hoje se vestem com púrpura; o colégio episcopal é púrpura, o cardenalicio é escarlata, com ouro, pedras preciosas; ou seja, está perfeitamente identificada na Bíblia.

MORANDO ONDE MORA SATANÁS

Então, realmente, a palavra de Deus nos mostra que teve uma paganização do Cristianismo primitivo; como Satanás não pôde destruí-los com perseguição, misturou o paganismo; o que era bíblico, começou a tirá-lo, e o que era pagão começou a pô-lo; então em vez de confiar na palavra do Senhor, na Bíblia, começaram a confiar no sumo pontífice e aí se apartaram da palavra de Deus; no entanto, continuam se chamando de cristãos; então o que diz o Senhor? Diz: “Eu conheço onde moras, onde está o trono de Satanás; mas reténs meu nome”; seguem sendo chamados de cristãos; então eu me faço responsável, já que te chamas por meu nome, então eu tenho que te falar, eu tenho que assumir a responsabilidade já que dizes que acreditas em mim, então eu vou tratar de falar-te e corrigir-te, porque eu repreendo e corrijo aos que amo. Ao que não é filho legítimo, não se repreende, ao bastardo não se corrige; ao próprio se corrige. Diz mais: “E não negaste minha fé”; se tu vês qual era a fé daquele período do concílio de Nicéia e os seguintes concílios de Constantinopla e de Calcedônia, era uma fé cristológica correta. “Não negaste minha fé”; aí se vê que a doutrina e o fundamento cristológico, foi correto; o concílio de Nicéia começou com Constantino, mas o que ele proclamou? A divindade de Cristo. Depois o Concílio de Constantinopla: a divindade do Espírito Santo. O concílio da Calcedônia: as duas naturezas: divina e humana da pessoa de Cristo; ou seja, que foi correto quanto ao nome e a fé do Senhor Jesus; nesse sentido, o Senhor ainda diz que está em Pérgamo, onde mora Satanás, e vai repreender ainda outras coisas; reconhece que é cristão, que não negou Seu nome e que guardou Sua fé.

O TESTEMUNHO DE ANTIPAS

Por isso diz: “e não negaste minha fé”, e diz: “nem ainda nos dias em que Antipas minha testemunha fiel foi morto entre vocês, onde mora Satanás.” Ou seja, na Pérgamo histórica, teve uma perseguição histórica e teve um nome histórico em Pérgamo que era como se dissesse: o bispo de Pérgamo que se chamava Antipas. Há um irmão primitivo, que se chama Simão Metafrastes; ele traz notícias de Antipas de Pérgamo, aquele Antipas antigo. Ele diz que foi um homem de Deus, muito usado por Deus em Pérgamo, e que foi perseguido pelos sacerdotes satanistas de Esculápio, e que eles fabricaram um boi de bronze e o colocaram para ser cozido dentro desse boi e lá ele ficou orando e adorando a Deus enquanto era cozido; e morreu adorando e louvando ao Senhor. Essa é a história de Antipas de Pérgamo, contada por Simão Metafrastes. Há também outras notícias a respeito de um livro antigo que se chamava “Os Atos de Antipas”, mas realmente se perdeu, não sobreviveu até hoje, não se encontrou mais; existiu um livro “Atos de Antipas”. Andreas de Cesaréia e Arastos mencionam esse livro; então foi um personagem histórico, do qual algumas notícias ficaram na antiga Pérgamo e na história primitiva. Este foi um mártir de Cristo e este mártir histórico da cidade de Pérgamo qualifica os que foram fiéis no meio dessa situação de mistura; ainda que tivesse mistura houveram alguns que foram fiéis e foram perseguidos. A palavra Antipas tem uma dupla etimologia grega que é anti que quer dizer: na contramão de, e pas que quer dizer: tudo, de onde vem panteísmo. Antipas, pois, quer dizer: na contramão de tudo; ou seja, que Antipas não aceitou essa condição e esteve na contramão dela, como se diz de muitos fiéis que, inclusive, quando viram a misturança, foram ao deserto. Aí viveram os monges do deserto, e alguns foram mortos, foram perseguidos. Antipas qualifica esses cristãos fiéis.

OUTROS TESTEMUNHOS

Agora, a palavra Antipas é uma contração da palavra Antípater, bem como Silvano se contrai em Silas, Epafrodito se contrai em Epafras; assim Antipater se contrai em Antipas, mas Antípater é contra o papado; isso é o que quer dizer Antípater, contra o pai que se chama o pai dos pais; ou seja que Antipas foi como que o primeiro anti-papa, o primeiro que não esteve de acordo com a mistura do Cristianismo com o paganismo, o primeiro que foi fiel, mas foi perseguido; é o início daqueles remanescentes que tiveram que passar ao longo da história da igreja depois dos períodos quando a política e a religião cresceram na idade média, a idade das trevas; ou seja, o que depois veremos em Tiatira; teve sempre uma corrente subterrânea que manteve a fidelidade a Deus e aos textos sagrados e não esteve submetida ao sistema; por exemplo, o caso de Arnaldo de Breschia, Pierre de Bruise, Henrique de Lausanne, o caso de Pedro Valdo e os valdenses; mas todos eles já tinham desde antes este tipo de pensamento; o mais antigo deles é Cláudio de Turim. Ele é desta época, antes de passar a Tiatira propriamente dita. Então, está muito bem profeticamente descrito o período desde Constantino até que surgiu o papado definitivo; aqui ainda era um processo de paganização, ainda não tinha o papa como teve depois; só Nicolau I foi o que depois em si mesmo colocou a coroa do céu, do purgatório e da terra, mas isso foi muito depois. Antes, o centro do Cristianismo não estava em Roma, mas tinha vários patriarcas como o de Constantinopla, como o de Jerusalém, como o de Éfeso, como o de Alexandria, o de Antioquia, que são os que até hoje se chamam ortodoxos, lá no Oriente, que não aceitam a primazia do papa; ou seja, um papa acima deles, senão como era na antigüidade, todos iguais. Então, aqui está perfeitamente descrito esse período histórico da igreja.

A DOUTRINA DE BALAÃO

Agora o Senhor fala: “Mas tenho umas poucas coisas contra ti.” Aqui me chama a atenção que o Senhor diga: “poucas coisas”; não que seja pouca coisa no sentido de coisas “insignificantes”, mas que as coisas são poucas; não tenho muito, mas o que tenho é definido são duas coisas que o Senhor não aprova duas coisas principais que Ele menciona aqui e são estas: “que tens aí aos que retêm a doutrina de Balaão, que ensinava a Balaque a pôr tropeço ante os filhos de Israel, a comer coisas sacrificadas aos ídolos, e a cometer fornicação.” Quando estudamos o Livro das Jornadas e chegamos à jornada 42, a dos Campos de Moabe, ali estivemos olhando a história de Balaão, em Números desde o capítulo 22; ali nos é contado tudo relativo à Balaão; agora, por causa do tempo, não podemos ler tudo, mas vocês em sua casa, depois, podem ler; somente fazemos menção de Números capítulo 22: O anjo e o asno de Balaão; no capítulo 23 Balaão abençoou Israel; no capítulo 24: Profecias de Balaão; no capítulo 25 Israel vai a Baalpeor. Na Bíblia se fala da doutrina de Balaão, do erro de Balaão e do caminho de Balaão. Fala em Apocalipse da doutrina de Balaão e em 2ª a Pedro e na epístola de Judas, do erro de Balaão e do caminho de Balaão; estas coisas estão relacionadas, ainda que não sejam as mesmas. A história de Balaão está aqui em Números desde o capítulo 22 até o 25. Ele era um profeta que tinha dons proféticos, e inclusive as profecias de Balaão aparecem na Bíblia e se cumpriram; ali onde diz: Profecias de Balaão, ele profetizou não só a respeito de Israel ele profetizou a respeito dos cananeus, dos assírios, e essas profecias tiveram cumprimento; inclusive no século passado, no século XX, uma missão holandesa de arqueologia em Peniel, Galaad, descobriu umas advertências de Balaão escritas num mural, e eu as incluí no livro Sefer Gitaim; ali os irmãos as poderão ler. Balaão era um profeta que profetizava coisas verdadeiras e se cumpriam as palavras de Balaão; inclusive várias das profecias de Balaão estão registradas na Bíblia como da parte de Deus; inclusive sobre aquela estrela que surgiria de Jacó; uma profecia cristológica aparece precisamente nas profecias de Balaão; ou seja,  Balaão tinha um apelo, tinha um dom, mas ele foi impuro, seus motivos eram impuros; ele queria a riqueza que se oferecia e queria as honras. Balaque prometeu a Balaão, honras e riquezas, e ainda que ele no princípio aparenta, um não, eu não posso falar senão o que Deus me dizer, ele fez toda a cortesia necessária para parecer um verdadeiro profeta, mas em seu coração ele amava o lucro.

O ERRO DE BALAÃO

O Novo Testamento pelo Espírito Santo diz que o erro de Balaão foi que ele amou o lucro da mentira, ele misturou as coisas de Deus com outras coisas; misturou o amor ao dinheiro, o amor à fama; e justamente, nesse ambiente de Pérgamo, quando Satanás começava a oferecer o mundo à igreja para distraí-la, ali está retratado Balaão, perfeitamente. Então Balaão disse: vou ver o que Deus me diz novamente, como se Deus fosse mudar de opinião; aí se demonstra que ele queria ir e receber esses presentes, e receber essas coisas; então Balaão se foi, só que o anjo o resistiu e quando ia amaldiçoar; Deus mudava a maldição e tinha que abençoar porque Deus não lhe deixava amaldiçoar, mas mudava a maldição em bênção, porque Deus tinha abençoado a Seu povo e disse “Meu povo”. Olhem em que contexto Deus diz e como o Espírito nos fala também para este tempo. Deus disse: "Quão formosas são tuas tendas, ó Jacó, tuas habitações, ó Israel!” Não há iniquidade em Jacó; ou seja, Deus via seu povo através da expiação e disse: um povo que não será contado entre os gentios.

UM BANQUETE ECUMÊNICO

O povo do Senhor é um povo separado, um povo próprio de Deus que o mundo não conta com ele, e isso O Senhor disse justamente por meio de Balaão; mas então Balaão criou uma maneira para que o povo fosse amaldiçoado; não se podia amaldiçoar ao povo diretamente, mas sim misturar. Se Deus aborrecia o paganismo e o tipo de vida daquelas nações pagãs, os moabitas e todos aqueles, então Balaão inventou um banquete ecumênico no qual se misturava o povo de Deus com o povo que não era de Deus e celebravam juntos; claro que ali circulava dinheiro, ali circulava a elite, e então Balaão fez essa festa; e disse a Balaque que fizesse uma festa e convidasse os israelitas. Os israelitas foram à festa e começaram a fornicar na festa, a se embebedar e a adorar ídolos, a comer coisas sacrificadas aos ídolos. É a idolatria misturada com a verdade da palavra de Deus. Balaão provocou idolatria; olhem o que a bíblia diz sobre o que Balaão ensinava, capítulo 2, verso 14: “Balaão, que ensinava a Balaque a pôr tropeço ante os filhos de Israel, a comer de coisas sacrificadas aos ídolos e a cometer fornicação”. A idolatria e a mistura com o paganismo foi a doutrina de Balaão; isto é, o ecumenismo; pessoas que querem dinheiro, andar de braços dados com as pessoas da classe alta, aparecer por lá no Vaticano, ou nesses lugares elevados, então não se mantêm fiéis à verdade, à Palavra, mas cedem e depois querem guiar o povo a isso mesmo; guiar o povo ao banquete de Baal-peor, ao banquete da mistura, guiar o povo ao ecumenismo. A unidade do corpo de Cristo é uma coisa muito diferente do ecumenismo. O ecumenismo é como pôr numa mesma panela: sapos, cobras, asteriscos, exclamações, como se desenham; isso não é a unidade do corpo de Cristo, ao misturar ali vudu com islamismo, com animismo, com judaísmo, com budismo, com ateísmo, com rosa cruz e com cristianismo; isso não, isso é eclecticismo, isso é ecumenismo falso, esse é o banquete de Baal-peor, esse é o tropeço, a arapuca; então o Senhor nos fala no contexto de Balaão; o Senhor diz que Seu povo é um povo que não será contado entre as gentios, separado para Deus; é fiel a Cristo e à palavra do Senhor.  É necessário deixar as pessoas impuras de um lado e seguir com o Senhor, por outro lado. A espada separa o precioso do vil, o santo do comum e do mundano.

DENÚNCIA DO NICOLAÍSMO

Não somente tinha o “Balaãoismo”, como também o nicolaísmo, que já havia sido denunciado suas práticas em Éfeso e que agora em Pérgamo, eram mais do que fatos, era uma doutrina. Então diz: “E também tens aos que retêm a doutrina dos nicolaítas”. Em Éfeso tinha dito: “que eu aborreço” e que o escriba adicionou também esse termo aqui. O nicolaísmo já era doutrina em Pérgamo; tanto a imundícia da parte histórica que estivemos estudando, a parte histórica do nicolaísmo histórico e no sentido profético etimológico: conquistador dos laicos, esse clericalismo que começou a ascender, que o Senhor aborrecia em Éfeso; no entanto, em Pérgamo foi tolerado e foi aceita a doutrina nicolaíta, ou seja que os fatos, as atitudes, foram se justificando, e quando foram justificando, se tornartam comum e normal, e se tornou em doutrina; depois se tornou instituição e se institucionalizou a conquista do laicado tirando os direitos do sacerdócio do laicado e assumindo-o um clericato exclusivo; dizendo que só eles tinha a verdade. Conquistar: Nicolau, conquistar os laicos, o laicado; esse clericalismo foi ocorrendo desde Constantino; aí foi quando começou esse processo e se justificou; por isso se chama doutrina dos nicolaítas. No aspecto histórico foi também um ramo gnóstico que prevaleceu em Pérgamo e destruiu a igreja em Pérgamo; então a cidade foi destruída também. No aspecto profético se mostra todo esse desenvolvimento dessa hierarquia que não existia em sua singeleza, no evangelho primitivo, mas que depois vemos na história da Igreja; chega ao ponto do papa exigir ter autoridade para nomear os reis, os imperadores; de tal maneira que se um imperador não se submetia ao papa, o papa liberava os súditos da obediência do imperador e por isso todos os imperadores tremiam; isso não aconteceu de um dia para o outro; teve um processo que começou a desenvolver precisamente neste período que se chama Pérgamo, a igreja católica antiga.

NÃO TOLERAR OS QUE RETÉM A DOUTRINA

Diz agora o Senhor: “16 Portanto, arrepende-te”. Notem, aqui o Senhor não está dizendo a Balaão que se arrependa, nem aos nicolaítas que se arrependam, mas à igreja, aos cristãos que têm a doutrina de Balaão; não que a igreja tenhas, mas que toleram aos que a tem; fixem no que diz no verso 14: “Mas tenho umas poucas coisas contra ti: que tens aí aos que retêm a doutrina de Balaão”. O Senhor não está repreendendo aos da doutrina de Balaão, esses são pagãos; mas os cristãos, os que confessam Seu nome e não negam Sua fé; no entanto, estão tolerando isso: tenho contra ti que tens aí, não deves tê-los, não deves permitir isso no meio de ti, sendo cristãos, tens tolerado esse tipo de mistura com o paganismo e esse tipo de clericalismo e de nicolaísmo. Muitos cristãos legítimos, santos verdadeiros, toleravam esse sistema; inclusive, grandes homens de Deus que Deus usou em muitas coisas, você vê elementos pagãos, ainda em suas coisas. Por isso Ele está dizendo: reténs isso aí e esta outra coisa tenho contra ti: “E também tens aos que retêm a doutrina dos nicolaítas”. O Senhor fala aos mais próximos; tu não a tens, mas tu reténs aqueles que tem como se isso não fosse nada de mais. Um pouco de fermento leveda toda a massa. Senhor, tu não aceitas isso. Então diz: "Portanto, arrepende-te”; ou seja, é necessário arrependimento só de haver entre nós os que retêm a doutrina de Balaão e a doutrina dos nicolaítas. Deve se arrepender. Arrependimento neste caso é reconhecer que isso não está certo e não admitir no nosso meio. Não ser indiferente quando oque alguém está querendo é política, dinheiro,   devemos manter distância. Um povo que não será contado entre as gentios.

A INTERVENÇÃO DO SENHOR

Então diz: “pois se não, virei a ti cedo”. O Senhor não demora em intervir, e diz como vai intervir. Eu sei o que vou fazer: “Virei a ti cedo, e lutarei contra eles”. Notem, não diz contra ti, porque tu és minha igreja, tu estás suportando isso, mas eu não vou suportar; se tu continuas suportando, então eu vou ter que vir com a espada de minha boca contra eles, Percebem? Mas o Senhor quer que nós façamos as coisas para que Ele não tenha que intervir; se não intervimos, Ele intervém. E diz: “e lutarei contra eles com a espada de minha boca”. O que era que se avizinhava depois do período de Pérgamo? Uma guerra entre os que eram instrumentos da palavra do Senhor e os que mantiveram essa questão misturada; tiveram que receber o depoimento dos fiéis, dos que denunciavam o clericalismo, o amor às riquezas e todo esse montão de clericalismo que tinha; sempre teve cristãos que usaram a palavra de Deus e brigaram contra eles. Virei e lutarei; aqui o Senhor usa aquele remanescente pequeno, aquele remanescente como Antipas para lutar. E diz mais: “Quem tem ouvido, ouça o que o Espírito diz às igrejas”. O Senhor fala a todas as igrejas. “Ao que vencer, darei do maná escondido”. Qual era o maná escondido? Quando os israelitas recolhiam o maná, Deus tinha dito que recolhessem só o que iam comer nesse dia porque no outro dia estaria estragado, estragava. Quando alguém recolhia para o outro dia, ele estragava; no entanto, Deus disse a Arão que recolhesse um pouco de maná e pusesse na urna, na arca do pacto, que esse maná não estragaria, mas esse maná estaria dentro da arca para memória da vitória de Deus; ou seja, Deus os libertou do Egito e lhes deu de comer pão do céu. O Senhor nos libertou do mundo e nos deu de comer Cristo; Cristo é o verdadeiro maná; ou seja, o maná incorruptível representa o Cristo ressuscitado; ao que vencer, isto é, o que deixar de viver na carne misturado, o que se separar para viver por mim, “lhe darei do maná escondido”, ou seja, a vida fruto da ressurreição; a vida ressuscitada é para aqueles que se separam para Deus, aqueles que andam no Espírito, vivem a vida de ressurreição, alimentam-se da ressurreição e obviamente ressuscitarão com Cristo. O que comer de mim, Eu o ressuscitarei no último dia.

O GALARDÃO EM PÉRGAMO

Mas o Senhor não somente promete o maná escondido. O diz também. “e”, ou seja, que aqui o galardão é duplo: “lhe darei uma pedrinha branca e na pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe”. Que interessante a pedrinha branca! Na antigüidade se votava com pedrinhas brancas ou pretas. Por exemplo, apresentavam aos juízes o caso de um criminoso e o julgavam; depois de examinar tudo, então vinham aqueles juízes e votavam; então o que votava a favor, positivamente, colocava uma pedrinha branca: é inocente; o que votava na contramão, colocava uma pedrinha preta: é culpado. Havia, por exemplo, sete juízes e cinco pedrinhas eram pretas, era culpada. Agora, o Senhor nos diz que nos dará uma pedrinha branca é como quem diz: eu voto por tua aprovação, eu te declaro inocente; se venceres te declaro inocente e te declaro herdeiro; mas não somente a pedrinha branca, porque a pedrinha branca ainda é muito impessoal. O Senhor porá na pedrinha branca, na aprovação do vencedor, porá um nome novo que ninguém conhece, senão o que o recebe; esse é o nome novo da pessoa. Um dos galardões é que terás o nome definitivo com o qual Deus te conheceu, porque conheceremos como fomos conhecidos por Deus; agora nós estamos em processo. Um dia, se seguirmos com o Senhor, e formos vencedores, e amadurecermos em Cristo, um dia seremos o que Ele sabia que seríamos; esse dia Ele nos dará um nome que corresponde com o que nós somos.


UMA RELAÇÃO PESSOAL

Vejam, irmãos, o fato de que ninguém conheça esse nome, quer dizer que a relação de Deus com cada pessoa é muito especial; Deus não tem relações em série, ou seja, Deus não nos fez como sabões, todos iguais; saem, e vão nos cortando e todos são iguais; não, cada pessoa é específica, cada pessoa tem uma história especial com Deus, cada pessoa tem uma personalidade específica, cada pessoa tem um lugar específico no plano de Deus, algo irrepetível; não há ninguém repetido; para o Senhor todos são irrepetíveis; por isso ninguém, senão Ele mesmo conhecerá sua verdadeira identidade, a que o Senhor conhece. Eu te dou um nome. O nome na Bíblia representa o que a pessoa é; esse nome vai dizer o que você significa para o Senhor; você especificamente, teu lugar, porque Ele tem relação com outros, mas Ele te criou para teres uma relação específica contigo, irrepetível; você é especial para Deus; se você consegue vencer e consegue aquilo que Ele planejou, então Deus te dirá qual é o nome que diz o que tu significas para Ele. A pedrinha branca da aprovação de Deus vem com teu próprio nome, como quem diz: tu és para mim isto, eu te criei para isto, a ninguém mais fiz para isto. Quem tinha que fazer isto era você, tu o fizeste e és para mim isto, e ninguém mais o saberá, por quê? Porque nossa relação é íntima e pessoal. Nós conhecemos algumas coisas uns dos outros, mas há algo que é só do Senhor e nós, porque essa é tua identidade, irrepetível, com uma relação irrepetível que Deus tem. Por isso, não é suficiente que tenha muitos que se salvem; é necessário que cada um se salve e seja vencedor. Se faltar alguém fica uma lacuna, como dizia o irmão Rick Joyner: Se estão todos os filhos à mesa, cada um é especial; todos são insubstituíveis; eu quero que todos venham, porque este é assim, este outro tem um temperamento, este outro, este outro e aqui está a cadeira vazia; não importa que as outras cadeiras estejam cheias, esta está vazia, esta deve ser cheia e quando se encher, posso me relacionar com cada um deles; com cada um tem uma relação especial; e essa relação, esse significado teu para o Senhor, esse nome que expressa tua posição irrepetível no coração de Deus estará nesse nome; porque isso é o que significa na Bíblia o nome, expressa o que a pessoa significa pra Deus. Por isso as vezes Deus mudava o nome das pessoas; antes Jacó era um enganador; o dia que Jacó foi honesto, venceu, então Deus lhe disse: já não se chamará mais Jacó, agora vai se chamar Israel; agora o nome Israel significa o que Jacó tinha alcançado ser; bem como mudou o nome de Jacó por Israel, a Simão por Pedro, assim vai fazer contigo; agora por enquanto, eu sou Gino, tu és Jimena, tu és Marlene, tu és Jorge, tu és Angelita, cada um é cada um; mas quando chegares a ser o que Deus esperava que tu fosses e expressar o que Deus esperava de ti e vencesse, esse dia Deus te dirá quem tu és eternamente e definitivamente. Aí não serás mais Jacó, senão Israel; aí Deus te dará um nome de vencedor: “Ao que vencer lhe darei uma pedrinha branca”, ou seja, um voto de reconhecimento, uma bola positiva, amém? Mas com teu próprio nome, que só tu e o Senhor conhecem, ninguém mais; ou seja, tua relação irrepetível com Deus, teu lugar especial e por toda a eternidade, no reino de Deus. Que precioso isto! O que vencer darei isto. Amém! O Senhor nos abençoe, irmãos. Vamos agradecer ao Senhor.


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