Aproximação ao Apocalipse (11) O MISTÉRIO DAS SETE ESTRELAS

 Aproximação ao Apocalipse (11)


O MISTÉRIO DAS SETE ESTRELAS



“20 O mistério das sete estrelas que viste em minha mão direita, e dos sete candeeiros de ouro: as sete estrelas são os anjos das sete Igrejas, e os sete candeeiros que viste, são as sete Igrejas”. Apocalipse 1:20.


O SENHOR SE REVELA EM RELAÇÃO A NÓS.


Irmãos, com a ajuda do Senhor, voltemos para Apocalipse capítulo 1 e vamos estudar a porção correspondente ao dia de hoje. Na vez passada nos tínhamos introduzido na consideração da visão de Cristo glorificado que aparece ali no capítulo 1 do versículo 12, onde aparece o Filho do Homem rodeado pelos candeeiros, até o versículo 20, onde aparecem palavras reveladoras de Cristo glorificado. Esta não é uma visão qualquer; esta é a visão que inicia e respalda todo o Livro do Apocalipse; e como o livro do Apocalipse é a culminação de toda a Bíblia, a qual sem o Apocalipse ficaria sem conclusão, então esta visão de Cristo glorificado é extremamente importante; embora fala palavras misteriosas, devemos confiar e acreditar que estas palavras misteriosas são da maior importância, que revelam as coisas mais essenciais e principais que o Senhor quer que conheçamos Dele e por Ele, de Seu Pai. Ele, quando se mostrou nesta visão gloriosa do Cristo glorificado, não quis apresentar-se sozinho, e isto é muito significativo; Ele poderia apresentar-se como o Filho do Homem com toda Sua glória, como vimos com Seu cabelo branco como a lã, Seus olhos como chama de fogo, de Sua boca sai uma espada aguda, Seus pés como bronze polido, Suas vestimentas, mas Ele não quis apresentar-se somente assim, mas sim Ele quis se apresentar no meio de sete candeeiros de ouro e com sete estrelas em Sua mão direita. Quanto a si mesmo Ele não fez muitas explicações, porque Ele mesmo é a explicação de Deus e também nele são explicadas todas as coisas; mas Ele sim quis fazer a explicação do que significavam os sete candeeiros e as sete estrelas. Na visão tínhamos visto os sete candeeiros ao redor Dele; não só Ele, mas também Ele no meio dos candeeiros; Ele se revela em relação a Seu povo, Ele se revela não só em relação a Si mesmo, mas também em Sua relação conosco Seu povo, e se revela no meio de candeeiros e com sete estrelas em Sua mão direita; das outras coisas Ele não deu explicação.


Na vez passada tínhamos visto os detalhes sobre o Filho do Homem, Suas vestimentas, o cinto de ouro pelo peito, Seus cabelos, Seus olhos, Seus pés, e quando chegamos a Sua mão direita no verso 16 do capítulo 1, nos salta a frase: “Tinha em sua mão direita sete estrelas”; porque dissemos que para considerar isto necessitávamos mais tempo; então terminamos o verso 16: “e seu rosto era como o sol quando resplandece em sua força”. Relativamente  às palavras que Ele diz nos versos 17 e 18, estaremos vendo depois, mas enquanto isso vamos ver a primeira frase do verso 16 de Apocalipse 1, onde diz: “Tinha em sua mão direita sete estrelas”; e diz o versículo 20: “O mistério das sete estrelas que viste em minha mão direita, e dos sete candeeiros de ouro: as sete estrelas são os anjos das sete Igrejas, e os sete candeeiros que viste, são as sete Igrejas”. 


Este é um mistério composto de dois; ele chama de o mistério das sete estrelas e dos sete candeeiros de ouro. Uma parte do mistério são as sete estrelas e a outra parte intimamente relacionada com as sete estrelas, são os sete candeeiros; e estas sete estrelas, Ele diz, são os anjos das sete Igrejas. Aí estamos vendo a relação das estrelas com os candeeiros, dos anjos com as Igrejas; ou seja que é um mistério composto; é um dos mistérios de Deus. A palavra do Senhor nos fala da administração dos mistérios de Deus, do mistério de Deus consumado; fala-nos do mistério da vontade de Deus; nos fala do mistério da economia de Deus ou o programa de Deus para chegar a essa vontade, esse propósito; nos fala do mistério de Deus o Pai: Cristo, Deus sendo revelado por Cristo; nos fala também do mistério da piedade, nos fala da encarnação, Deus manifestado em carne, etc; nos fala do mistério do evangelho, a obra do Senhor; nos fala do mistério da fé por meio da qual nos apropriamos da obra do Senhor e do Senhor por e com Seu Espírito; então nos fala também do mistério de Cristo: a Igreja; do mistério do matrimônio que está relacionado com o mistério de Cristo e a Igreja, que é um mistério subsidiário; porque o matrimônio natural é tipológico do espiritual, o de Cristo e Seu povo; e nesse mesmo contexto se chega ao mistério das sete estrelas e dos sete castiçais de ouro. Depois há outros mistérios, como o de Israel; como o mistério da mulher e a besta que a traz, ou seja, o mistério da Babilônia; o mistério de iniqüidade; os mistérios do reino dos céus; o mistério da última trombeta. Mencionamos estes mistérios para recordá-los e para não tomar este mistério isolado de outros mistérios de Deus que devem ser administrados.


UM SENTIDO HISTÓRICO


Hoje vamos nos introduzir um pouco nesta primeira parte do mistério das sete estrelas e dos sete candeeiros de ouro; é o que o Senhor quis revelar aí; Ele mostrou uma visão a respeito de Si mesmo; e a respeito de Si mesmo Ele não falou nada porque Ele mesmo é a explicação de tudo; mas por que no meio de sete candeeiros? Porque Ele se identifica com esses candeeiros; decide morar no meio deles, e por que em Sua mão direita sete estrelas? Isso sim o explica. Aqui não diz: o mistério do cabelo branco é tal, o mistério da espada aguda é tal, o mistério dos pés polidos é tal; não fala disto, isto não o explica, mas sim o mistério das sete estrelas que é a primeira coisa que apresenta aqui. Para poder aprofundar um pouco nesta primeira parte deste mistério, ou seja o mistério das sete estrelas em Sua mão direita, na mão direita do Filho do Homem, devemos recordar o que vimos naquele capítulo da hermenêutica do Apocalipse; ali vimos que o Apocalipse deve interpretar-se de uma maneira tripla; ou seja que há um primeiro sentido histórico, porque estas Igrejas eram históricas, e disse a João que escrevesse e a enviasse a essas Igrejas, e ele o fez de uma maneira concreta, histórica no passado; mas também nos diz neste livro que este livro é também uma profecia. Tanto no princípio como no final do livro se chama o livro do Apocalipse como uma profecia: Bem-aventurados os que ouvem e guardam as palavras da profecia deste livro; desde o começo até o fim Apocalipse é chamado uma profecia; de maneira que também temos que interpretar profeticamente o Apocalipse; mas também o que fala com as Igrejas, tanto histórica como profeticamente, fala pelo Espírito a todas as Igrejas; quer dizer, para aplicar-se em qualquer condição da igreja, em qualquer época, onde algumas destas coisas se dêem. O que o Senhor aprova ou desaprova se manifesta na mensagem às sete Igrejas; ou seja, os valores do Senhor, os princípios do Senhor. Por isso se fala também de uma interpretação arquetípica e também uma interpretação axiológica; ou seja, quanto aos valores. 


Arquetípica quanto aos princípios e axiológica quanto aos valores; o Senhor revela como Ele é quando diz o que aprova e quando diz o que desaprova; e embora prevaleça isso em uma igreja histórica e em um período histórico, o Senhor revela em todos os tempos, em todos os lugares como é Ele, o que Ele aprova e o que Ele desaprova; de maneira que devemos sempre recordar isto que tínhamos visto na hermenêutica do Apocalipse ao ler agora o relativo às sete estrelas em Sua mão direita; porque certamente houve sete Igrejas históricas, houve pessoas específicas próprias que receberam essa mensagem em suas mãos, mas também as sete Igrejas profeticamente representam os períodos da história da Igreja, então temos que também entender essas sete estrelas e esses sete anjos no sentido profético, além do sentido histórico. Então por isso, comecemos a considerar o que Ele revela primeiro.


ANJOS: MENSAGEIROS CELESTIAIS OU HUMANOS


Ele diz ali no versículo 16, a frase: “Tinha em sua mão direita sete estrelas”. O que seria isso? Diz o verso 20: “O mistério das sete estrelas que viste em minha mão direita, e dos sete candeeiros de ouro: (um mistério composto) as sete estrelas são os anjos das sete Igrejas”. O Senhor já interpretou. As sete estrelas são os anjos das sete Igrejas. Agora, quando alguém olha a um anjo, seja no sentido humano ou no sentido espiritual, é um mensageiro; porque a palavra anjo, como estamos acostumados a dizer freqüentemente, não é uma palavra que designe natureza, mas sim designa ofício; a palavra anjo em grego é ângelos [ἄγγελος], e a palavra em hebraico é malak, que quer dizer: mensageiro; de maneira que a palavra anjo pode aplicar-se ao ofício de seres celestiais como os anjos, como os arcanjos, como Miguel, como Gabriel e dos milhares de anjos; eles propriamente são chamados anjos porque são mensageiros celestiais; mas a mesma palavra anjo no grego do Novo Testamento aparece utilizada não só se referindo a anjos celestiais, mas também se referindo a anjos naturais, seres humanos enviados. Quando vocês vão aos Evangelhos a aquela passagem onde o Senhor Jesus enviou uns mensageiros de sua parte para conseguir o lugar onde foram preparar a páscoa e que foram encontrar um homem que levava um cântaro e que o seguissem, que quando chegassem a sua casa perguntassem: onde está o lugar onde tenho que celebrar a páscoa com meus discípulos? Quando vocês lêem essa passagem em grego, aqueles mensageiros que o Senhor enviou de seus discípulos, que eram seres humanos, são chamados também anjos; ou seja, que não eram anjos celestiais, mas sim eram anjos humanos; por isso os disse que a palavra anjo é uma palavra de ofício; o ofício de mensageiro, seja celestial, seja natural. A palavra anjo significa mensageiro; não necessariamente tem que ser celestial somente, nem necessariamente tem que ser humano somente; e me agrada que o Senhor tenha querido utilizar esta palavra para revelar o mistério, porque nos permite interpretar o mistério no sentido espiritual e também no sentido natural, porque a interpretação de estrela é anjo.


Também quando vemos Apocalipse 12, vemos que aquele dragão arrastou a terceira parte das estrelas do céu e as jogou na terra; se referia à terceira parte dos anjos que são chamados estrelas. A primeira coisa que chama a atenção é que essas sete estrelas específicas, são sete, o que representa a plenitude; tudo está resumido nesse sete; o Senhor está dando uma revelação completa, Ele está culminando a revelação em Apocalipse com esta visão; com esta visão é que Ele se apresenta às Igrejas; entretanto Ele fala: sete estrelas, como se estivesse resumindo todas as coisas. Se a gente vir um mensageiro humano, pode duvidar e desconfiar dele; se vir um anjo que aparece, inclusive temos a obrigação de prová-los, porque se aparecer um dos apóstolos ou um anjo do céu anunciando um evangelho diferente de que anunciou o Senhor Jesus e Seus apóstolos e que está na Bíblia: seja anátema; obriga-nos a provar os anjos. São João diz: “Amados, não creiam em todo espírito, mas provai os espíritos se são de Deus” (1 João 4:1); ou seja, que os anjos, sejam celestiais, seja humano, têm que ser provados. Agora, o Senhor se revela a seres humanos ou a anjos celestiais que tenham que ser provados; Ele tem sete em Sua mão direita; isso é muito importante; que estejam em Sua mão direita significa que ninguém os pode arrebatar de Sua mão; significa que Ele tem esse controle; Sua mão direita representa Seu poder, representa Sua soberania; que Ele ter sete anjos em Sua mão direita quer dizer que Ele está tendo o controle absoluto deles, que eles estão em Sua mão guardados por Ele, que eles são dirigidos por Ele. Certamente que o Senhor tem Seu inimigo e seus demônios que lhe seguem e que querem fazer muitos problemas e confundir ao povo de Deus; mas o Senhor tem em Sua  mão direita estes sete anjos, não importa quantos inimigos se levantem; o Senhor estabeleceu isto assim: estão em minha mão, estão em minha mão direita; portanto, ninguém os pode arrebatar de minha mão, não importa quanta luta se levante contra Deus, não só o Senhor está seguro, mas também Seus mensageiros que representam Sua revelação, Sua luz, estão em Sua mão, estão em Sua mão direita; Ele os tem em Sua mão direita, Ele os guarda com Seu poder, Ele quis que soubéssemos, Ele o revelou e o mostrou em Sua mão; se até mesmo suas ovelhas, diz, estamos em Sua mão, ninguém nos pode arrebatar de Sua mão, nem da mão de Seu Pai; o Pai é maior que todos, e ninguém as pode arrebatar da mão de meu Pai; e Eu e o Pai somos um, diz o Senhor. Então se Ele disser  que  ninguém pode arrebatar as suas ovelhas da mão de Seu Pai, isso quanto à salvação, agora quanto à revelação que é prerrogativa de Deus, quanto à mensagem de Deus para a Igreja, isso também está em Sua mão; não só a salvação das ovelhas está na mão do Senhor, também a revelação para a Igreja.


ANTES DE VIR O SENHOR AS ESTRELAS ILUMINAM


Nesse mistério, qual é a missão das estrelas? O que é a primeira coisa que se diz das estrelas na Bíblia? Podemos ver aqui em Gênesis, no capítulo 1; a primeira vez que aparecem as estrelas é no final do verso 16; aqui também estão no 16. Como Apocalipse 1:16, Gênesis 1:16, diz: “16 E fez Deus os dois grandes luminares; o luminar maior para assenhorar no dia, e o luminar menor para assenhorar na noite; fez também as estrelas. 17 E as pôs Deus na expansão dos céus para iluminar sobre a terra”.


 Então para que são as estrelas? Para iluminar sobre a terra: e que mais? Aí segue dizendo em Gênesis: “18 E para senhorear no dia e na noite, e para separar a luz das trevas. E viu Deus que era bom. 19 E foi a tarde e a manhã no quarto dia”. Se você retornar um pouquinho ao 14 quando Deus disse: “Haja Luminares na expansão dos céus para separar o dia da noite; e sirvam”, no hebraico diz: “para sinais, para as estações, para dias e anos”. 


Esta tradução Reina-valera-1960 traduz assim: “e sirvam de sinais para as estações, (e aí lhe põe a vírgula) para dias e anos”; mas se você vê no hebraico, o hebraico diz: “para sinais, para estações, para dias e anos, e sejam por luminares na expansão dos céus para iluminar sobre a terra”. Então para que são as estrelas? Primeiro para iluminar, iluminar na noite, quando está escuro, quando ainda não aparece o sol; então é missão das estrelas iluminar; ou seja que antes da segunda vinda de Cristo, que representa a saída do sol da justiça, iluminarão as estrelas; como diz Malaquias 4: levantar-se-á o sol da justiça; essa é a segunda vinda de Cristo; vem como o sol da justiça; antes de vir o sol da justiça, durante o período escuro da história da igreja, antes de que venha o Senhor, esse é o tempo da noite; no tempo da noite os que têm a responsabilidade de iluminar são as estrelas; as estrelas são para iluminar na noite; mas estas estrelas são mensageiros de Deus para iluminar na noite; assim como há uma noite física e há umas estrelas físicas, também há uma noite espiritual, mas também há estrelas espirituais. Por isso são anjos e embora sejam homens também têm espírito; então há um sentido espiritual.


Também essas estrelas servem para sinais, para assinalar, para indicar o caminho. Notem que quando os magos não sabiam onde encontrar a Jesus, aquele fenômeno estrelar, como diz o grego: “fenômeno estelar” lhes assinalou precisamente onde estava Belém e onde estava o menino, porque desde esse ponto se podia ver esse fenômeno estelar que foi chamado “astro ou estrela” que se chama no grego “fenômeno estelar”; para assinalar, para sinais, para mostrar as épocas. Uma época se diferencia de outra época porque cada época tem sua tônica, cada época tem uma mensagem específica do que o Senhor está fazendo nesse tempo, e Deus tem pessoas providenciais que abrem uma nova época, quando a Igreja entra em uma aprendizagem específica do Espírito. Na história da Igreja também tem que ver os sete anjos; não só nas Igrejas históricas, mas também no período dos assuntos que o Espírito Santo traz à tona. Em distintos séculos da história da Igreja, ali também tem que ver os mensageiros de Deus assegurados pela mão de Deus, porque o Senhor Jesus disse que Ele edificaria Sua Igreja; ou seja que é a mão de Deus que está detrás da história da Igreja; é a mão do Senhor que está mostrando a luz específica para cada período da Igreja; é o Espírito Santo o que está dando a ênfase chave em cada época da Igreja. Por isso Ele tinha em Sua mão direita sete estrelas; essas sete estrelas são os anjos; já não podemos interpretar anjo em outro sentido mais, porque já anjo é interpretação de estrela. Se o Senhor usou a palavra “anjo” como interpretação de “estrela”, o Senhor deixou uma palavra que se aplica ao celestial e ao natural, que se aplica nos céus e se aplica na terra; digamos que se aplica ao espírito da igreja que se expressa na liderança e se refere também à liderança ou aos mensageiros; então a interpretação que o Senhor Jesus deu à palavra “sete estrelas” são os sete anjos das sete Igrejas.


ESPÍRITO DA IGREJA E ESPÍRITO DA ÉPOCA


O Senhor não somente tem Igrejas, mas sim tem mensageiros para as Igrejas, e tem mensageiros no sentido espiritual, celestial, e também no sentido natural e terrestre. Se as nações tiverem príncipes, se as pessoas, ainda os meninos, têm anjos da guarda, e já vimos anjos de nações e anjos de meninos na Bíblia, quanto mais têm que ter as Igrejas seus respectivos anjos no primeiro sentido espiritual! Vocês recordam em Daniel capítulo 10 que aparece o príncipe da Pérsia como um principado celestial; o príncipe da Grécia como um principado celestial. Diz que Miguel era um dos principais príncipes, que era o que estava pelo povo de Israel; ou seja que o príncipe de Israel é Miguel, mas há outros príncipes; alguns que se rebelaram, como era o da Pérsia, ou como era o da Grécia, e se rebelaram porque guerreiam contra o de Daniel, que é Miguel; mas Miguel não é o único príncipe, mas um dos principais príncipes, como diz Daniel 10: “13 Mas eis aqui Miguel, um dos principais príncipes, veio para me ajudar”, disse aquele ser celestial que apareceu a Daniel no capítulo 10 de sua profecia; então se Miguel for um dos principais, há outros que também são principais; então as nações têm espíritos; se a nação da Pérsia tem um principado, provavelmente alguns governadores sujeitos a esses principados, algumas potestades estão a cargo de regiões e também a cargo de cidades; então se o Senhor em Seu reino tem anjos designados para cada pessoa, quando diz: não menosprezem a este pequeno, porque “seus” anjos, e não disse em singular, a não ser em plural, mínimo dois, mas podem ser mais, seus anjos olham continuamente o rosto de Deus, então anjos, mais de um, têm o privilégio de olhar a Deus, e entretanto foram designados para cuidar de um pequenino, quão importante é esse pequenino. Se um pequenino tiver anjos e não se pode menosprezar o fato de ter anjos que olham para Deus, quer dizer que ele é mais valioso que esses anjos; se esses anjos têm esse privilégio, que privilégio mais terá esse pequeno; porque como orávamos hoje, Deus escolheu a esses pequeninos para o próprio Deus morar em seus corações; então se um menino tem anjos, uma nação tem anjos; há principados, potestades, governadores e hostes, quanto mais haverá nas Igrejas? Quer dizer que cada igreja tem os anjos guardiões dos Santos da igreja, mas eles têm que ter um líder, um líder da igreja dessa cidade. Foi revelado ao irmão Samuel Doctorian cinco anjos de cinco continentes. Aqui o Senhor fala que cada igreja tem seu anjo; quando interpretamos a palavra anjo no sentido celestial é porque o Senhor usou a palavra anjo, que tem a dupla aplicação: a aplicação celestial e a aplicação terrestre; ou seja, que se essa palavra tiver duas aplicações e o Senhor a usou assim dessa maneira ambígua, que pode ter dupla aplicação a mesma palavra, pois, aproveitemos esse uso que o Senhor lhe fez para que nós também entendamos que existe um mundo espiritual que rodeia a Igreja, que está entre nós e que também podemos dizer o seguinte: existe o que poderíamos dizer, o espírito da igreja, de cada igreja particular, e também existe o espírito da época.

Você vai a uma determinada congregação e você nota seu espírito; pode ir a outra congregação na mesma região ou em outra cidade e você nota outro espírito, embora seja o mesmo Espírito Santo, entretanto, tinge-se das pessoas que o canalizam e se particulariza e se pode classificar dentro dele. Algumas Igrejas são liberais, outras são legalistas; umas são moderadas, outras são radicais; você percebe o espírito de cada igreja e o mesmo é no local, digamos, na interpretação histórica. Mas também cada uma das Igrejas históricas de Apocalipse representa um período profético, e também existe o espírito da época. Cada época tem seu espírito; quando você vê a história da Igreja, você se dá conta de que no princípio do que se tratava era de tal coisa, e por muito tempo se esteve tratando isso, e se tratou, por exemplo, o assunto da Trindade, o assunto das controvérsias com o Arianismo, com o Sabelianismo, e isso era o que o Espírito Santo estava ensinando nessa época; digamos que essa época teve uma estrela, um espírito dessa época em que se tratou certo assunto; mas claro está que a tônica do Espírito também se manifestou na liderança; por exemplo, Atanásio foi o homem chave que enfatizou a divindade de Cristo e que defendeu a divindade de Cristo quanto a doutrina, frente aos ataques dos arianos e de outros; ou seja que sim existe o espírito de cada igreja, mas que se expressa através da liderança da igreja. Aí se vê os dois aspectos, tanto o aspecto celestial de anjo, como o aspecto humano de anjo, porque a liderança da igreja é como dizer o mensageiro da igreja, é como dizer o anjo da igreja no sentido natural; mas essa palavra se pode aplicar nos dois sentidos; e se o Senhor deu esses dois sentidos a essa palavra, vamos aplicar  nos dois sentidos. Por que a vamos restringir? Se o Senhor usou a palavra bem ampla. Então existem mensageiros em cada igreja e em cada período. Cada igreja tem seu mensageiro, cada período tem seu mensageiro que sobressai. Por isso a liderança da igreja está representada também no anjo da igreja. O Senhor, quando fala ao anjo da igreja, é como se o fizesse responsável pela situação da igreja. O Senhor diz ao anjo da igreja em Tiatira: Você tolera a Jezabel; quer dizer que nessa igreja específica, a liderança tolerava a essa mulher histórica que se chamou Jezabel; mas também a liderança de uma época tolerou uma determinada estrutura eclesiástica, como por exemplo, o romanismo, a grande prostituta, a Jezabel no sentido profético, e as pessoas aceitaram esse espírito durante essa época. Depois outra época trocou, surgiram outros mensageiros para representar outra tônica do Espírito na edificação que o Senhor está fazendo na história da Igreja; o Senhor está edificando a Igreja. Já o assunto da Trindade está claro, vamos passar para o assunto da cristologia; o da cristologia já está claro, vamos passar para o assunto da expiação; o assunto da expiação já está claro, vamos passar para o assunto da justificação. Ah! na época da Reforma o assunto da justificação já está claro, então agora que já sabemos quem está dentro e quem está fora; vamos passar para o assunto da Igreja; o assunto da Igreja já está claro, vamos passar para o assunto dos vencedores, para o assunto da escatologia; cada época tem sua mensagem e por isso seu mensageiro; cada época tem seu espírito e também tem as pessoas que encarnam essa mensagem, e que são, como dizer, os que encarnam o espírito da época na história da Igreja. Se dão conta? Agora, mas quem tem isso em Sua mão, é o Senhor.


SETE IGREJAS LOCAIS E SETE PERÍODOS HISTÓRICOS


O Senhor sabe a quem revela o que e durante quanto tempo, e logo quando, como dizemos, já está cozida essa parte do bolo, o Senhor vira o bolo e introduz à igreja em uma nova etapa, em um novo assunto. Agora o assunto da nova época está representado por uma liderança que trata uma mensagem, e por isso é uma segunda estrela, e depois uma terceira estrela com uma terceira mensagem e logo uma quarta estrela com uma quarta mensagem, até uma sétima estrela com uma sétima mensagem. A mensagem completa de Deus é administrada à Igreja pouco a pouco, por partes; então podemos falar do espírito da Igreja em cada época e podemos falar dos personagens escolhidos por Deus, que estão nas mãos de Deus, que representam essa porção da mensagem de Deus para essa época. Não podia entrar-se na época da Reforma, não podia haver um Lutero sem primeiro haver uns pré-reformadores, e sem ter havido antes os problemas de Pérgamo e logo os de Tiatira; não se tivesse entendido a mensagem de Wycliffe ou de John Huss ou de Lutero ou de Calvino ou de Melanchton ou de Zwinglio, se primeiro a Igreja não tivesse passado por certas etapas. Então, irmãos, as sete Igrejas representam primeiro sete Igrejas históricas, mas como é uma profecia, essas Igrejas históricas projetam profecia a respeito dos períodos da história da Igreja, e portanto, assim como há liderança natural que expressa o espírito, digamos o gênio da época e do espírito da igreja, no espiritual, também há no natural; tanto no local, como no histórico. Essas sete estrelas representam toda essa constelação de mensageiros do Senhor que o Senhor usou para revelar plenamente Sua palavra na história da Igreja.


OS ANJOS DAS ERAS


Tem havido irmãos e servos do Senhor que tem tratado de identificar os personagens chave da história da Igreja; por exemplo, houve um homem chamado Alexander Freytag que foi como uma dissidência dos adventistas e das testemunhas de Jeová, que em um princípio eram um só grupo que se chamava “os estudantes da Bíblia”, que começou Miller e depois por um lado saiu Ellen G White com os adventistas e Charles Russel com as testemunhas; nessa época surgiu um dissidente deles que se chamou Alexander Freytag que fundou aquele movimento chamado “os amigos do homem”, muito famoso especialmente na França; já desde essa época eles começaram a ver que havia personagens chave na história da Igreja, que tinham sido os mensageiros que Deus usou para introduzir uma tônica especial do Espírito nessa época. Alexander Freytag, ele por sua parte, pensou que os sete homens chave na história da Igreja tinham sido: Para  Éfeso, Paulo; para Esmirna, João; para Pérgamo Ario, porque desgraçadamente ele tinha estado com as testemunhas, sua origem era ariano, então pôs a Ario como o que representava o espírito de Pérgamo. Vou dizer outras opiniões de outros, mas é para ilustrar isto que estamos dizendo. Logo para a mensagem de Tiatira, ele colocou a Pedro Valdo, dos valdenses; para Sardes ele colocou ao Wyclef; para Filadélfia ele colocou a Lutero, e para  Laodicéia ele disse que essa época se iniciou a partir da profecia de Miller; embora não menciona a Miller como anjo, mas como resultado da profecia de Miller; era como se ele virtualmente se colocasse a si mesmo como o mensageiro final.


O irmão Branham também assinalou personagens que ele considerou chaves na história da Igreja. É como se a história da Igreja fosse toda uma cordilheira que tem muitos Montes, mas há Montes principais; é onde se expressa com maior especialidade o espírito da época. Então o irmão Branham coincidiu com Freytag somente em Éfeso; ele colocou Paulo como mensageiro de Éfeso, mas colocou como mensageiro de Esmirna a Irineu, e colocou como mensageiro de Pérgamo Martinho de Tours, São Martinho de Tours; depois colocou como mensageiro de Tiatira a Columbano, que foi um líder das Igrejas da Iona, que manteve um cristianismo não romano lá pela Escócia e na ilha de Iona; logo colocou a Lutero como Sardes; eu acredito que nisso estava mais certo Branham que Freytag; logo colocou a Wesley em Filadélfia, e logo ele era o mensageiro de Laodicéia: William Branham.


Há muitos irmãos que interpretaram a história da Igreja profeticamente nesses capítulos 2 e 3 de Apocalipse. Alguns sem entrar em tratar de identificar as influências básicas da época, somente mencionando em forma geral; outros sim, como Freytag, Branham e outros, pondo personagens específicos. Digamos, o irmão Campbell Morgan, que escreveu uma obra muito preciosa que se chamou “As cartas de nosso Senhor”, ele faz uma interpretação de Apocalipse 2 e 3, mas sem pôr mensageiros específicos. O irmão Watchman Nee escreveu uma obra que se chama “Ortodoxia da igreja”; também ele trata deste tema. O irmão Branham tinha uma obra que se chama: “As sete eras da igreja” que também trata este tema. Muitos servos de Deus viram este aspecto até certo ponto. Nosso irmão Arcadio Sierra Díaz tem uma obra que se chama: “A igreja de Jesus Cristo, Uma Perspectiva Histórico Profética”, onde também trata o aspecto das sete eras da igreja. 


Quando vimos a administração dos Mistérios de Deus lá na escola da obra que tinha a sede em Bairros Unidos, em Rionegro, ali também se tratou este assunto; agora vamos voltar a tratá-lo.


É curioso que existe em todas as coisas um processo, e esse processo se completa em sete; olhemos como inclusive a ciência teve também seus períodos. Notem que começou com os pitagóricos; digamos que Pitágoras era aquele representante da ciência; depois de Pitágoras já passou a Aristóteles; foi outra época onde Aristóteles foi o grande gênio; já em terceiro lugar foi Ptolomeu; o grande cientista Ptolomeu que marcou uma época, ele foi o representante da ciência chamada Ptolemaica, geocêntrica, onde interpretava o universo girando ao redor da terra; mas então depois veio Copérnico, em quarto lugar, e trocou a visão geocêntrica pela heliocêntrica, com o sol rodeado pelos planetas ao redor; e depois veio Galileu em quinto lugar, e depois veio Isaac Newton em sexto lugar, e por último veio Einstein em sétimo lugar, marcando a influência final na ciência; ou seja, a teoria da relatividade. Vocês se dão conta, pois, como a história teve seu processo e muitos personagens, mas alguns como que representam o espírito da época; e assim como houve na ciência, também houve na história da Igreja.


Eu não quero pôr nomes específicos; preferiria que nós escolhêssemos quem seria o personagem chave a princípio da história da igreja; poderíamos pôr a Paulo ou poderíamos pôr a João, porque tanto Paulo fundou a igreja de Éfeso, mas João foi o que a completou; mas é o mesmo João o que tem que mandar a carta ao mensageiro; então poderíamos dizer que fica difícil colocar. O personagem histórico que aparece na igreja de Éfeso na história é Polícrates, mas não é que tenha marcado época; digamos que o Senhor como que encomendou depois dos doze o começo a Paulo e a continuação a João. Mas na igreja primitiva depois dos apóstolos, o mais influente foi Irineu, campeão contra o gnosticismo. O que era o líder da igreja em Esmirna era Policarpo; mas realmente aos pés de Policarpo, Irineu foi o homem chave de todo esse período da história da igreja, na igreja perseguida, que lutou contra as heresias; foi o personagem para mim que mais sobressaiu; eu nisso concordaria com o Branham; realmente Irineu foi um personagem chave; mas eu não quero ser dogmático, eu deixo que vocês também decidam. Depois de Irineu o mais influente foi Orígenes em plena época de perseguições. Na terceira idade da igreja que se refere a Pérgamo quando começou o Concílio de Nicéia com Constantino, realmente é Atanásio o personagem chave, mais que Martinho de Tours; eu acredito que Martinho foi um grande irmão, fez milagres, mas não marcou o espírito da época como marcou Atanásio; Atanásio realmente marcou o espírito da época; pomo-lo em contraposição a Ario a quem havia colocado Freytag. Mas muito mais que Atanásio, Agostinho de Hipona marcou mil anos de história da Igreja como a maior influência. Logo na idade média, quem foi o personagem chave de Deus que esteve na idade Média? Houve personagens como Tomás de Aquino ou como Francisco de Assis, ou Pedro Valdo; realmente Francisco de Assis foi um homem chave; mas fixem-se em que se diz deles, dos de Tiatira, da época do absolutismo papal, que eles toleraram a Jezabel; eram servos de Deus, mas que estiveram dentro do sistema romanista, mas não Valdo. Depois de Agostinho, a maior influência foi Tomás de Aquino. Eu penso que quanto à Reforma, a época de Sardes, a voz cantante que marcou a época foi Lutero; houve outros grandes homens de Deus como Calvino, como Zwinglio, como Melanchton, mas realmente a voz cantante que marcou a época da Reforma, eu acredito que foi Lutero.


Logo vem Filadélfia, que representa o período da visão do corpo de Cristo; Freytag mencionou aqui a Lutero, mas lhe enquadra mais a época da Reforma: Sardes. Branham colocou a Wesley que realmente foi uma grande influência quanto à santidade, quanto a "destemplização", mas realmente quanto a visão de corpo de Cristo, Wesley não conseguiu apresentar uma visão tão clara do corpo de Cristo; digamos que depois vieram irmãos como Darby, que antes de Darby houve o irmão Cronin e outros irmãos, mas Darby mesmo foi exclusivista; eu penso que dos herdeiros que encaixaram e que tinham uma visão de igreja e de corpo um é Watchman Nee; eu penso que ninguém apresentou uma visão do corpo de Cristo tão clara como o irmão Watchman Nee; eu penso que ele representa bem esse período da Filadélfia; mas Laodicéia, a época terrível dos direitos humanos, igreja morna, igreja que tem que pagar um preço e não o paga, igreja que se diz rica mas é pobre, entretanto, o Senhor dá uma mensagem especial a essa igreja; eu penso que ainda essas pessoas têm que se manifestar. Não me atrevo a pôr nomes para essa época final. Há servos que sobressaem no presente, mas a maioria destes sobressaem em evangelização, milagres, curas; mas na mensagem específica a Laodicéia, pode ser que falte; ou vocês analisarão a história da Igreja e verão; mas se perceberam, irmãos, que a palavra anjo é uma palavra tão ampla, onde se pode interpretar o espírito da igreja, os anjos da igreja que representam à igreja diante do Senhor, que sobem suas orações e trazem os assuntos da igreja ante o Senhor, e que essa igreja está diante do Senhor pela informação desses anjos; embora o Senhor já sabe tudo, mas eles representam essas orações da igreja, o espírito da igreja diante do Senhor; e também há uma liderança natural que encarna isso; cada igreja tem seu presbitério e no presbitério pode haver alguém que seja o que presida mesmo no presbitério, sem ser um bispo por cima, mas um igual, um primus inter pares, através do qual o Senhor presida; então se vê que os anjos representam a autoridade delegada do Senhor na igreja e existe em cada igreja local autoridade delegada; mas existem também mensageiros específicos que marcam época na história da Igreja. 


Eu penso que com estas considerações nos ficou mais ou menos claro o que quer dizer que o Senhor tinha em sua mão direita sete estrelas e que o mistério dessas sete estrelas é que são os sete anjos das sete Igrejas.


AS IGREJAS E O MINISTÉRIO DA OBRA


Uma última coisa queria dizer para terminar isto: Não podia somente o Senhor mencionar as Igrejas, sem incluir a obra, porque o trabalho do Senhor na edificação do corpo de Cristo tem o aspecto da obra e tem o aspecto das Igrejas. O aspecto das Igrejas são os candeeiros, mas o aspecto da obra são os anjos das sete Igrejas protótipos (pois na história são o episcopado). Os anjos representam o ministério, os que iluminam à igreja no período de escuridão; por isso para ver esses dois aspectos: o da Igreja mesma e o do ministério da obra, vamos a Zacarias capítulo 4, onde vocês vão ver ali este mesmo sentido nesta visão. 


Zacarias 4 diz: “1 Voltou o anjo que falava comigo, e despertou, como um homem que é despertado de seu sonho. 2 E me disse: O que vês? E respondi: olhei, e eis aqui um candeeiro (a visão para restaurar a casa de Deus nos tempos de Zacarias, de Neemias, de Esdras, de Ageu; a visão para animar à restauração da casa é a visão do candeeiro; o Senhor mostra a visão do castiçal) tudo de ouro, com um depósito em cima, (este depósito é o que alimenta o castiçal; é a mensagem de Deus à igreja, o corpus da verdade, o conselho de Deus que deve alimentar à igreja; mas fixem-se em como esse depósito chega ao castiçal) e suas sete lâmpadas em cima do candeeiro, (as sete lâmpadas que representam o espírito dos anjos das Igrejas, mas fixem-se no que é o que comunica o depósito ao candeeiro) e sete canos para as lâmpadas que estão em cima dele”. O Senhor faz chegar o azeite do depósito às lâmpadas dos castiçais por meio de sete canos; esses sete canos são os canais do azeite; ou seja, representam o ministério do Novo Pacto, o ministério em sua plenitude; por isso se chamou o ministério do Novo Pacto, o ministério do Novo Testamento, o ministério da Palavra, o ministério do Espírito, o ministério da reconciliação, o ministério da justificação; mas esse ministério está distribuído entre os ministros, e aqui o Senhor representou a plenitude do ministério em sete canos que são os canais que levam o azeite como ouro do depósito às lâmpadas do candeeiro; e deste modo na visão do Cristo glorioso aparece o Senhor em Sua mão direita com sete estrelas que são os mensageiros para iluminar a igreja e são os anjos das Igrejas; ou seja, os mensageiros ou porta-vozes da mensagem de Deus às Igrejas, a autoridade delegada em cada igreja local como também aqueles apóstolos do Senhor que na história da igreja foram os que marcaram época e tocaram a tecla do Espírito para essa época. Por isso essas sete estrelas se corresponderiam com estes sete canos; ou seja, que os castiçais representam as Igrejas e as estrelas representam a obra. Existem essas duas coisas: a obra e as Igrejas; por isso o Senhor tem sete estrelas em Sua mão direita e sete castiçais. Creio que olhamos um pouco sobre o mistério das sete estrelas na mão direita do Filho do Homem. Vamos parar aqui.


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